sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Gangue dos Caramelos: cães de rua atacam a população de município

Um problema inusitado vem chamando a atenção de moradores de Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Um grupo de cães sem raça definida, chamado pela população de…

Um problema inusitado vem chamando a atenção de moradores de Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Um grupo de cães sem raça definida, chamado pela população de “gangue dos caramelos”, vive nas ruas da região da Praia Grande e vem atacando a população torreense.

De acordo com dados da prefeitura de Torres, ao menos seis casos de mordidas dadas por cães de rua foram registrados apenas no mês de outubro no município, e dois cachorros foram recolhidos na região (ver nota abaixo).

Um dos casos de ataques envolveu o guarda patrimonial Paulo Schaly, morador do município. Segundo Paulo, ele estava em uma motocicleta quando foi cercado pelos cães e teve uma das pernas abocanhada (ver vídeo acima).

“Eu tenho medo e quero que tomem uma atitude. E se eu caio da moto, o que seria de mim?”, desabafa Paulo, que está fazendo tratamento com vacinas após a mordida.

Moradores também apontam que pessoas em bicicletas e a população em situação de rua também são alvos dos cães.

De acordo com a população, os membros da “gangue” costumam passar o dia descansando em pequenas casinhas localizadas nos canteiros centrais das vias do município ou em outros pontos. Eles, então, acordam e costumam incomodar a população durante a noite, após o sol se pôr.

Outra queixa de moradores está relacionada ao barulho causado pelos cães. Segundo Juliana Machado, psicóloga que mora na região, os sons incomodam especialmente à noite, chegando a interromper o sono dos torreenses.

“Quando começa um é uma coisa de grupo. Começa um, começam dois, começam vários. Eles latem muito durante a noite, interrompem o sono da gente. E já faz tempo que está acontecendo”, reclama Juliana.

O que diz a prefeitura de Torres
A prefeitura municipal de Torres afirma que cuida de 74 cães albergados no Projeto Bem-Estar Animal de Torres, que existe há cerca de 20 anos. Contudo, não é permitida a entrada de novos animais no momento a não ser que sejam feitas adequações estruturais.

Entre lares temporários e hospedagens, a prefeitura também tutela animais em locais externos, estando responsáveis por 157 animais no momento – todos aguardam adoção. Além disso, mutirões gratuitos de castração também são realizados.

Sobre os ataques à população, a prefeitura manifesta:

Sobre o caso referido de ataque de cães a população, a Prefeitura informa, através da Secretaria da Saúde, que em outubro desse ano tivemos 6 casos de mordidas de animais (caninos de rua). Não podemos confirmar onde esses casos foram registrados, são números gerais dos postos de saúde.

Destacamos ainda sobre o caso referido que a Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo, através do projeto Bem-estar animal, já havia recolhido 2 cães que estavam no local, e esses foram para clínica veterinária para avaliação de posteriormente serão encaminhados para um Lar Temporário.

Os animais recolhidos nas ruas são cadastrados, castrados e passam por avaliação veterinária e após são devolvidos para o local de origem, mas sempre o intuito é na busca dos tutores para que encontrem uma família.

Destacamos que sobre o caso referido, há uma “campanha” de alguns populares nas redes sociais de indignação para que os cachorros que foram retirados da matilha sejam devolvidos para o local, indo ao contrário do que os moradores da região e a secretaria idealiza como o trabalho ideal para a situação de cães mordedores.

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