domingo, 22 de setembro de 2024
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Dólar fecha com maior valor desde 2003

O dólar fechou em forte alta nesta sexta-feira, 13, com piora no cenário político, noticiário sobre Petrobrás e protestos marcados por todo o País até domingo. Após atingir a máxima…

O dólar fechou em forte alta nesta sexta-feira, 13, com piora no cenário político, noticiário sobre Petrobrás e protestos marcados por todo o País até domingo. Após atingir a máxima de R$ 3,279, por volta do meio-dia, a divisa desacelerou levemente a valorização durante a tarde e encerrou com ganhos de 3,36%, a R$ 3,26. Trata-se do maior patamar desde 2 de abril de 2003. Já a alta de mais de 3% da moeda foi a maior em um dia desde 22 de setembro de 2011.

No acumulado do ano, a moeda americana já sobe quase 23%. Em 12 meses, o aumento é de mais de 37%. Só nessa semana, a valorização foi de quase 7%.

Para o turista, a moeda está ainda mais cara, pois as casas de câmbio cobram uma cotação maior na venda. Hoje, o dólar turismo acompanhado pela Agência Estado chegou a bater R$ 3,50, mas cada casa de câmbio cobra um valor, sendo possível encontrar cotações acima desta no mercado.

Há temor de confronto entre manifestantes nos atos das centrais sindicais, organizados pela CUT e pelo MST nesta tarde, contra a “ruptura democrática” e o impeachment da presidente Dilma, e pela garantia dos direitos trabalhistas. Neste domingo, estão marcados protestos em diversas capitais contra as políticas do governo petista.

Também pesa a informação de que houve um duelo muito duro entre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na quarta-feira à noite, com o primeiro insistindo na manutenção do veto à prorrogação até 2042 dos subsídios sobre a energia elétrica para grandes empresas do Nordeste, e ameaçando até pedir demissão caso fosse derrotado.

Já sobre a Petrobrás, notícias dão conta de que a petroleira poderia adiar por mais seis meses o balanço auditado de 2014. Durante a tarde a companhia enviou um e-mail negando a informação que circula na imprensa. Todo o cenário, porém, levanta temores de um possível rebaixamento do rating soberano do Brasil pelas agências de classificação de risco.

Além disso, o clima no exterior é negativo, o que contribuiu para acentuar o mau humor no Brasil. No exterior, o avanço da moeda norte-americana se deu em meio à demanda de investidoresantes dareunião do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) na semanaque vem, na qual se poderá decidir sobre o aumento da taxa básica de juros dos EUA. Pesa também a divulgação de indicadores econômicos abaixo do esperado. Na Europa, as ações também encerraram no vermelho, afetadas por preocupações em relação à Grécia.

Bovespa. Com as ações da Petrobrás pesando nos mercados, a BM&FBovespa vive mais um dia de queda. Às 16h48, o Ibovespa – principal índice do mercado acionário brasileiro – recuava 0,54%, cotado em 48.647 pontos. No horário, as ações PN da Petrobrás desvalorizavam-se 2,59% e as ON, 1,81%.

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