segunda-feira, 23 de setembro de 2024
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Moody`s rebaixa nota do Brasil, mas mantém grau de investimento

Nem um mês depois da nota de crédito do Brasil ser revisada pela Standard & Poor`s, agora foi a vez da Moody`s rever a perspectiva do País. A agência de…

Nem um mês depois da nota de crédito do Brasil ser revisada pela Standard & Poor`s, agora foi a vez da Moody`s rever a perspectiva do País. A agência de classificação de risco Moody`s decidiu rebaixar a nota de risco de crédito do Brasil. O rating passou de Baa2 para Baa3, nota que ainda coloca o País na lista dos bons pagadores, aqueles que possuem o chamado grau de investimento. O rating, porém, agora fica apenas um patamar acima do grau especulativo.

A perspectiva para as próximas revisões passou para estável. Antes, ela estava negativa. Apesar do rebaixamento da nota, a leitura inicial do mercado foi positiva, visto que a tendência agora é de o rating permanecer no mesmo patamar nas próximas revisões. O Ibovespa reduziu as perdas no fim do pregão e caiu 0,57% no fechamento.

Em nota, a Moody`s justificou a decisão dizendo que “o desempenho econômico mais fraco do que se esperava, a tendência relacionada de elevação dos gastos do governo e a falta de consenso político sobre reformas fiscal vai impedir as autoridades de alcançarem superávits primários suficientemente altos para conter e reverter a tendência de elevação da dívida neste ano e no próximo, e vão desafiar sua capacidade de fazê-lo mais tarde”.

A Moody`s também afirma que “como resultado disso, a carga da dívida do governo e a capacidade de pagamento continuarão a deteriorar materialmente em 2015 e em 2016, em comparação com as expectativas anteriores da agência de rating, para níveis materialmente piores do que outros países com ratings Baa. A Moody`s tem a expectativa de que a carga de dívida crescente se estabilize somente perto do fim do governo atual”.

As reservas internacionais foram elogiadas. Para a Moody`s, “o Brasil retém vários pontos positivos em termos de crédito que se refletem no rating Baa3: sua capacidade para resistir a choques financeiros externos, tendo em vista as amplas reservas internacionais; um balanço do governo com exposição relativamente limitada a dívidas em moeda estrangeira e a dívidas de não-residentes, em comparação com países com ratings semelhantes; e uma economia grande e diversificada”.

Vale lembrar que no fim de julho foi a vez da agência S&P alterar a perspectiva do rating BBB- do Brasil para negativa, de estável. A nota da agência também representa apenas um degrau acima do grau especulativo. Segundo a agência, o Brasil enfrenta desafios políticos e circunstâncias econômicas, apesar das mudanças feitas pela presidente Dilma Rousseff em seu segundo mandato.

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