sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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E segue o jogo…

Talvez, quando esse texto for publicado, tudo aqui pareça sem sentido, principalmente porque foi escrito ainda antes do desenrolar dos acontecimentos. Porém, penso que irá servir como reflexão a muita…

Talvez, quando esse texto for publicado, tudo aqui pareça sem sentido, principalmente porque foi escrito ainda antes do desenrolar dos acontecimentos. Porém, penso que irá servir como reflexão a muita gente que desacredita de tudo e de todos, até mesmo da justiça.

Nesta quinta feira, teve sequência o calvário do ex-presidente Lula. Não bastasse a repercussão provocada pela sua condução coercitiva, para prestar depoimento numa das inúmeras fases da Operação Lava Jato, agora a bomba estourou por aqui. O Ministério Público Estadual pediu a prisão preventiva de Lula e mais alguns envolvidos no caso do tríplex, certamente o mais famoso apartamento de frente para a praia de todo o mundo. Talvez (e isso é bastante provável) o pedido seja rejeitado pela justiça, porém, sem querer entrar no mérito do caso, é lamentável que as coisas tenham chegado a esse nível, embora todos saibamos que pagamos por tudo o que fazemos, pelos acertos e principalmente pelos nossos erros. Lula deve estar sentindo isso na própria pele.

Mais do que o futuro de Lula, o desenrolar dos fatos devem definir também o futuro da presidente Dilma, que assiste, atônita e sem forças para reagir, seu governo afundar política e economicamente. O desgoverno tem sido tão grande, que até cogitaram oferecer um ministério a Lula para que ele pudesse conseguir o foro privilegiado para responder às várias denúncias que vão se acumulando. Menos mal que Lula foi desaconselhado pelo ex-senador José Sarney a não aceitar a oferta. Não, vocês não leram errado, o conselheiro de Lula, nesse caso, foi o Sarney, aquele mesmo que um dia foi defendido por Lula, que disse que “ele não era uma pessoa comum”.

Queiram ou não, somos todos pessoas comuns, sujeitos aos mesmos direitos e deveres, embora, num primeiro momento, ou para aqueles que detêm algum tipo de poder momentâneo, passe a impressão (falsa) de que alguns estão autorizados a “deitar e rolar” na impunidade. Não estamos e nem ninguém está. A justiça está aí, para desmentir quem se arvora em senhor da razão. Que sejamos justos. E viva o Brasil!

Henri Dias é advogado em Fernandópolis (henri@adv.oabsp.org.br)

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