terça-feira, 24 de setembro de 2024
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Vereadores de Rio Preto proíbem “buzina da morte”

Os vereadores de Rio Preto aprovaram por unanimidade, durante sessão ordinária realizada na quinta-feira (dia 31), projeto de autoria do vereador Paulo Pauléra (PP), que proíbe na cidade a fabricação,…

Os vereadores de Rio Preto aprovaram por unanimidade, durante sessão ordinária realizada na quinta-feira (dia 31), projeto de autoria do vereador Paulo Pauléra (PP), que proíbe na cidade a fabricação, comercialização, distribuição e uso de buzina de pressão à base de gás propanobutano, envasado em tubo de aerossol.

O projeto estava em tramitação na casa desde o mês de janeiro e foi criado após notícias de uso inadequado do produto por jovens em festas na cidade, e ganhou destaque após a morte da jovem Maria Luiza Perassolo, de 18 anos, que teve uma parada cardíaca no último sábado. Essa é a segunda morte neste ano na região por causa do gás de buzina. No começo do mês passado, um estudante de medicina, de 33 anos, foi encontrado caído em um dos quartos da casa onde morava com a mãe em Fernandópolis.

“Mesmo antes de ser aprovada e sancionada, esta Lei já atingiu seus objetivos. Hoje, tivemos conhecimento de que muitos estabelecimentos da cidade já retiraram o produto das prateleiras e esse assunto ganhou repercussão nacional. Essa buzina da morte está acabando com nossos jovens”, disse Pauléra.

Ainda de acordo com o parlamentar, a iniciativa é pioneira no país e tem chamado a atenção em diversas localidades, inclusive com vereadores de outras cidades buscando informações para apresentarem projetos similares. O vereador ressalta que a medida pode ser debatida no Congresso Nacional. “Recebi diversos telefonemas solicitando informações do projeto, que felizmente foi aprovado por unanimidade, entre eles recebi uma ligação do deputado federal Guilherme Mussi (PP) que afirmou que irá levar esse debate para Brasília”, destacou.

O projeto segue para sanção do Executivo e prevê, em caso de descumprimento, advertência por escrito, multa de R$ 5 mil, suspensão das atividades do estabelecimento por até trinta dias e, finalmente, cassação da licença de funcionamento.

Segundo o Centro de Toxicologia do Hospital de Base, referência na região de Rio Preto, o gás desta buzina é perigoso e chega a entrar no organismo a -20ºC e queima o sistema respiratório. A buzina é feita de gás composto de butano e propano, derivado do petróleo. Ao ser inalado, o gás tem efeito de excitação e euforia, mas provoca efeitos nocivos à saúde, levando, inclusive, à morte.

Gazeta de Rio Preto

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