quarta-feira, 25 de setembro de 2024
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Suspeito de matar aves do Bosque Municipal é detido

Policiais do Núcleo de Investigações Especializadas DIG/Dise prederam no começo desta tarde quarta-feira (dia 18) um ex-funcionário da prefeitura de Rio Preto, suspeito de atirar contra várias aves no Bosque…

Policiais do Núcleo de Investigações Especializadas DIG/Dise prederam no começo desta tarde quarta-feira (dia 18) um ex-funcionário da prefeitura de Rio Preto, suspeito de atirar contra várias aves no Bosque Municipal na última quinta-feira (12). Cinco delas não resistiram e morreram.

De acordo com o delegado André Ayruth Balura, após o crime ambiental investigadores estiveram no bosque conversando com funcionários e conseguiram chegar até um suspeito, o ex-tratador Acácio Aparecido Navaro, de 52 anos.

“O trabalho que fizemos foi o que chamamos de investigação pura, isto por que foinão houve nenhum auxilio eletrônico. Logo após o crime estivemos no bosque, mas no espaço não existem circuito de câmeras de segurança, por isso não tinhamos imagens do suspeito. Então passamos a levantar as informações com algumas testemunhas e funcionários. Quando conseguimos um suspeito esbarramos em outro fator que dificultou a localização do mesmo. Ele não possui carteira nacional de habilitação (CNH) e nem veículo, ou seja, as pesquisa realizada em bancos de dados já não ajudou muito” explica o delegado.

Após conseguir localizar o endereço do ex-funcionário, investigadores foram até a casa dele e encontraram as primeiras evidências.

“Na primeira diligência que fizemos, notamos que no portão existem algumas marcas feitas com bolas de gudes, mais um indício da autoria. Pedimos então um mandado de busca e apreensão e na data de hoje. Durante as buscas pela casa o ex-funcionário acabou confessando que havia matado os pássaros”.

Foram apreendidas três espingardas de pressão, catorze estilingues, um balde com bolas de gude e chumbas de pescas. Questionado sobre o motivo que levou a praticar tal matança, o Acácio Aparecido Navaro disse que foi um momento de bobeira e que não pretendia matar os animais, uma vez que foi funcionário do bosque por 32 anos.

“Mexi com bichos a vida inteira, me arrependo muito do que eu fiz. Não devia ter feito isso, foi aquele minuto de besteira. Quando percebi o que estava fazendo fugi, por que estava com medo” conta.

O ex-funcionário disse foi demitido em dezembro de 2015 e afirma que a ação não foi uma retaliação. “Desde que fui demitido não consegui arrumar um emprego, no final do ano passado meu pai morreu e atualmente vivo com minha mãe, apenas com salário dela. Podem olhar nossa geladeira, falta almoço a quinze dias. Nada do que aconteceu foi planejado e também não foi vingança, foi na verdade uma grande besteira. Tomo medicação para cabeça”.

Quando perguntado sobre a quantidade de armas Navaro alega que as espingardas de pressão era para defesa pessoal. “Eu tinha 21 gatos e mataram todos envenenados. Quando eles ainda eram vivos, vinha muitos pombos aqui para comer as rações deles. Comprei o estilingue para espantar os pombos, pois são transmissores de graves doenças. Já as espingardas eu comprei depois da morte do meu pai para defesa pessoal minha e de minha mãe” conta.

Além de dizer que estava arrependido o suspeito afirmou que pretendia se livrar de todos os objetos apreendidos. “Eu estou totalmente arrependido do que fiz, caso a Polícia Civil não viesse até minha casa pretendia por todos os estilingues, as espingardas, tudo em um saco e jogar dentro da represa”.

O ex-funcionário municipal foi levado para Delegacia de Investigações Gerais para prestar esclarecimentos.

Crime ambientais

Na casa de Navaro policiais ambientais encontraram ainda onze jabutis, que são animais silvestres e necessita de autorização do Ibama para criação, como explica o sargento Clementino José Bianchi.

“A principio não conversei com o proprietário que está sendo encaminhado para delegacia. Mas acreditamos que ele não tenha autorização para criar estes animais, que são silvestres. Os onzes jabutis serão levados ao bosque para avaliação de um veterinário. Caso fique comprovada a falta de documentação, todos serão soltos em uma área de preservação e o proprietário autuado” afirma.

Ainda de acordo com Sargento Bianchi, em relação a matança das aves, o ex-funcionário está sujeito a multa e detenção.

“No caso da jabuti ele poderá ser autuado administrativamente em R$500 por animal recolhido. Já sobre os pássaros, ainda não tivemos todas as informações, mas assim que nos for passado as causas da morte vamos tomar providencias cabíveis. No caso de morte de animal em extinção o valor das multas mudam. Trataremos o caso do pássaro vivo como crime de maus tratos e a multa é de R$3 mil, já no caso de morte este valor dobra e passa ser de R$6 mil e ainda sujeito a detenção”.

Gazeta de Rio Preto

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