sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Anaeróbios

Pode parecer nome de estrangeiro ou de alienígena, mas não é; afinal, ninguém precisa ter um “Aurélio” na cabeça ou conhecer o significado de palavras técnicas ou específicas de uma…

Pode parecer nome de estrangeiro ou de alienígena, mas não é; afinal, ninguém precisa ter um “Aurélio” na cabeça ou conhecer o significado de palavras técnicas ou específicas de uma área do saber humano. Está ficando popular devidos às academias, onde temos exercícios “aeróbios ou anaeróbios”( é correto tb. aeróbicos – falei com o Dr. Google!)

Anaeróbio quer dizer literalmente “vida sem ar”.

Nos estudos biológicos e nas profissões do setor da saúde é empregado para classificar alguns microorganismos que vivem em ambientes sem oxigênio livre. Aliás, o oxigênio é mortal para a maioria deles. Exemplo deles é o bacilo do Tétano, que pode ser mortal. Por isso, para evitar a contaminação, recomenda-se lavar o ferimento em profundidade para “oxigená-lo”.

Por incrível que pareça, há muitas formas de vida que vivem sem o ar e o oxigênio livres, inclusive alguns humanos…

Embora a Civilização Moderna tenha caminhado a passos largos nas últimas décadas para uma convivência mais transparente, livre e aberta – oxigenadas -, muitos teimam e necessitam das sombras para sobreviverem e contaminarem, mostrando sua capacidade de destruição ou vingança, o que lhes dá “tetânica” alegria e doentia sensação de Poder.

Infelizmente, o Organismo Social não é imune às investidas de alguns bacilos anaeróbicos criados ou alimentados pelo hospedeiro mais evoluído da Criação: nós, o animal Homem!

No combate aos microorganismos anaeróbicos nocivos, a Medicina está muito evoluída: – higiene, profilaxia, antibióticos, bacteriostáticos etc. previnem ou tratam, conforme o caso.

E os anaeróbicos humanos, como reconhecê-los, previnir-se e combatê-los?

Os sintomas são muitos e variados. Alguns deles: – vê em tudo e em todos sujeiras morais, feitas ou por fazer; – fala e espalha nos bastidores, entre quatro paredes ou ao pé-do-ouvido, a “certeza” ou a desconfiança de que o fulano ou sicranos estão tramando, roubando, ou pensando em fazer( ou já fizeram ) aquilo que a sua(dele) inteligência superior percebeu ou concebeu; – usa em suas afirmativas a versão que ouviu ou criou, sem se preocupar com o fato real e as circunstâncias, condições e causas; – tem a certeza, e propala em toda oportunidade, que todos aqueles que possuem algo a mais que ele, conseguiram-no de forma desonesta, por politicagem ou malandramente; – é sempre um legítimo leva-e-traz, fomentando hostilidades através de seus “ouvi-dizer”, me-falaram”, “fui-informado”, “é-de-fonte-segura” etc., etc.; e, por fim, se compraz festivamente com as quedas e fracassos dos outros – que muitas vezes ele mesmo causou, para galgar postos, posições ou notoriedade os quais, em condições normais e leais, não conquistaria.

Para combatê-los, muitos são os medicamentos. Sem querer ser pretensioso, estou convicto de que um dos principais é a automedicação, tomando uma dose elevada de autocrítica/autoanálise. Assim, talvez, sem nos apercebermos, possamos nos descobrir contaminados ou contaminadores.

E para prevenir? – Basta apenas um simples espelho…

Jesiel Bruzadelli Macedo
jesielbruzadelli@gmail.com

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