sábado, 21 de setembro de 2024
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Contribuintes já podem pedir ressarcimento sobre taxa de incêndio

O Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu, desde quarta-feira (24), municípios de cobrarem taxas de combate a incêndios. Como tem geral, a decisão deverá ser seguida por todas as prefeituras do…

O Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu, desde quarta-feira (24), municípios de cobrarem taxas de combate a incêndios. Como tem geral, a decisão deverá ser seguida por todas as prefeituras do país.

Segundo o ministro Marco Aurélio Mello, relator da ação, a partir da decisão do STF, contribuintes poderão inclusive pedir à Justiça o ressarcimento dos valores pagos, desde que limitados aos cinco anos anteriores à apresentação da ação.

No julgamento, os ministros analisaram recurso do município de São Paulo contra decisão do Tribunal de Justiça do estado que havia derrubado a cobrança do tributo.

Por 6 votos a 4, a maioria dos ministros manteve a decisão, por entender que município não pode cobrar por serviço de segurança pública, atividade de responsabilidade do governo estadual.

Além disso, consideraram que taxas só podem ser cobradas por serviços “divisíveis” – isto é, que podem ser prestados individualmente aos cidadãos –, e não por universais, para atendimento geral, como o combate a incêndios.

“Nem mesmo o estado poderia, no âmbito da segurança pública revelada pela prevenção e combate a incêndios, instituir validamente a taxa”, declarou Marco Aurélio Mello em seu voto.

Acompanharam o relator, contra a cobrança da taxa de incêndio, os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia.
A favor da possibilidade de cobrar a taxa votaram os ministros Luiz Fux, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Celso de Mello não votou porque estava ausente da sessão.

No interior de São Paulo, o caso ganhou também repercussão quando, no final da década de 90, o comerciante Fernando Sugahara questionou a cobrança feita pela Prefeitura de Fernandópolis.

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