sábado, 21 de setembro de 2024
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Júri condena e solta homem por agressão contra primeira-dama

A Justiça de Rio Preto condenou nesta quinta-feira (12) o empregado rural Valdetino Pereira da Costa de 50 anos a dois anos de reclusão por tentar matar a primeira dama…

A Justiça de Rio Preto condenou nesta quinta-feira (12) o empregado rural Valdetino Pereira da Costa de 50 anos a dois anos de reclusão por tentar matar a primeira dama da cidade em Ipiguá-SP, Andreza Cristiane de Oliveira, 42 anos, mulher do prefeito, Emílio Pazianoto (Solidariedade).

O crime aconteceu ao começo da tarde às 13h15, era mais um fim de semana sexta-feira do mês julho de 2016.

Segundo a queixa do promotor Fabio José Mattoso Miskulim ao final das investigações da Policia Civil do município a 18 km da cidade de Rio Preto, todos eram conhecidos na comunidade que tem 5 mil habitantes, Pereira antes do fato não tinha passagens pela polícia, cursou o ensino fundamental em escola rural e pai de três filhos fruto do primeiro casamento.

Comprou um terreno com o dinheiro recebido de uma rescisão contratual de trabalho e estava construindo a casa e assim como qualquer um a tentativa de formar uma família, foi quando se desentendeu com esposa, estavam separados e a esposa dele foi pedir proteção a Cristiane, desde então é responsável pelo Fundo Social da cidade e assistia à situação entorno da família, “Foi um ato impensado de maneira nenhuma eu xinguei ela, estávamos juntos”. Argumentou Valdetino Costa ao ser questionado pela magistrada Gláucia Véspoli dos Santos Ramos de Oliveira da 5º Vara Criminal.

A plenária realizada a sala 101 de Tribunal de Júri José Jorge Junior começou mais meia hora depois do horário previsto às 14h15 na presença do advogado constituído pela defesa do acusado, Sinomar de Souza Castro, atuando na acusação o promotor integrante do Ministério Público Marco Antônio Lelis Moreira e jurados, desta vez com cinco homens e duas mulheres.

Vestindo o macacão do sistema prisional e algemado aos pés e mãos respondeu a ação penal por tentativa de homicídio qualificado preso preventivamente, logo depois do crime no Centro de Detenção Provisória de Rio Preto, durante 1 ano e oito meses.

Segundo a denúncia do MP a servidora pública estava próxima do prédio da instituição, quando o réu chegou de carro a rua Barão Limeira em alta velocidade, armado com uma faca na cintura, gritou e ofendeu a vítima. Durante a confusão Cristiane não teve ferimentos graves, arma branca foi apreendida e periciada

“Não sei por que ele fez isso, a gente se conhecia então assim não tinha um motivo, já pagou, deu tempo para pensar no que fez, cada um segue a sua vida”. Diz a primeira dama Andrezza ao ser informada sobre o resultado do desfecho sobre o que aconteceu.

Pessoas que estavam perto no dia da briga acabaram intervindo e contaram em juízo como foi a violência, “Mesmo pelos atos impensados ele tem de responder pelo ato praticado”. Defendeu ao longo dos debates o promotor criminalista Marco Antônio Lelis.

A defesa do sentenciado por cinco anos havia entrado com recursos para que ele pudesse acompanhar o andamento da história solto, porém negado em diversas fases. Defendeu que o delito praticado não representa grave perigo a sociedade e quando o cliente esteve custodiado até o julgamento, Valdetino não apresentou problemas quanto ao seu comportamento interno dentro da prisão.

“Não foi por motivo torpe, trabalhador, honesto e não é bandido a Justiça foi feita, não foi absolvido em razão do cumprimento da pena não tem o que condenar”. Explica o advogado Sinomar Castro ao fim dos argumentos entre as partes, que se reuniram em sala secreta após a leitura dos quesitos e fizeram a votação. Entenderam que ação por parte do réu é dolosa contra a vida e só não foi consumada por conta do auxílio de defesa oferecido pelos populares que lá estavam na cena.

O prefeito Emílio Pezzianoto também prestou depoimento, mas não acompanhou a sessão com a mulher. O regime inicial do decreto condenatório que por maioria de votos não afastaram a intenção matar a vítima pode ser recorrido em instâncias de maior grau em liberdade.

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