Um ajudante geral, de 32 anos, acusa a ex-namorada de entregar o filho do casal, de apenas 56 dias de vida para a adoção. A madrinha estava com a criança e acusou o avô materno de cobrar dinheiro pela adoção.
De acordo com o boletim de ocorrência, o homem soube que a mulher teve um filho. Desconfiado de que poderia ser o pai da criança, ele conseguiu autorização da mãe e fez o teste de DNA, que comprovou a paternidade.
A madrinha procurou o pai dizendo que havia firmado um acordo de adoção. Ela também acusou o avô materno da criança de exigir dinheiro e entregou o bebê para o pai, que procurou a polícia e acionou o Conselho Tutelar.
De acordo com a doutora Margarete Franco, delegada do caso, foi instaurado inquérito para investigar a possível entrega do filho a terceiro, mediante paga ou recompensa. “O caso é previsto no artigo 238 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Nós vamos apurar a conduta denunciada e como a mãe procedeu”, explicou.
A mãe também procurou a polícia. Ela confirmou que o homem é o pai da criança, como indicou o exame de DNA. Também contou que teve um desentendimento com o pai e deixou o bebê com a madrinha, até resolver a situação. Ela ressaltou a criança deveria ser devolvida no domingo (26), mas foi entregue ao pai.
O juiz da Vara da Infância e Juventude, Evandro Pelarin, disse que o Conselho Tutelar tomou uma medida cautelar de urgência e confirmou que a criança deve permanecer no abrigo até ouvir os dois lados. “Existem trâmites que devem ser seguidos e acredito que a criança deve ficar no abrigo pelos próximos 15 dias, pelo menos”, explicou.
