O vereador de Planaltina, Goiás, Lincon Albuquerque (Cidadania), foi indiciado pela Polícia Civil por injúria racial após imitar sons de macaco durante um debate com o colega Carlim Imperador (PROS), que é negro.
O incidente ocorreu em novembro do ano passado durante uma sessão na Câmara Municipal. O delegado José Antonio Sena, responsável pelo caso, encaminhou a investigação ao Ministério Público, e, se condenado, o vereador pode enfrentar uma pena de até cinco anos de prisão.
No relatório, o delegado descreve a situação em que Lincon Albuquerque fez gestos próximos ao ouvido, abrindo e fechando os dedos, e em seguida emitiu guinchos imitando um macaco. O vereador, que nega as acusações, destacou que pretende fazer sua defesa e reconheceu a importância do tratamento cuidadoso do tema: “No meu entendimento, tenho que fazer minha defesa. O delegado agiu corretamente, esse é um tema que precisa ser tratado com muito carinho”.
A discussão entre os parlamentares ocorreu durante um debate sobre um projeto de criação de uma loteria em Planaltina. Lincon teria se irritado com a fala prolongada de Carlim, resultando em um bate-boca que culminou nos sons de macaco. Carlim afirmou ter se sentido hostilizado, enquanto Lincon argumentou que não foi um ato racista, mas um “mal-entendido baseado em uma comunicação inadequada”. O vereador ainda destacou ser “pardo, filho de pai negro”.
