sábado, 21 de setembro de 2024
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Quase 40 mil brasileiros vão às urnas em Portugal

Com os termômetros marcando 10ºC às 7h50 da manhã, dez minutos antes da abertura dos portões, mais de 150 brasileiros já faziam fila para votar em Lisboa, onde 21.195 eleitores…

Com os termômetros marcando 10ºC às 7h50 da manhã, dez minutos antes da abertura dos portões, mais de 150 brasileiros já faziam fila para votar em Lisboa, onde 21.195 eleitores estão aptos a votar neste ano.

Maior colégio eleitoral na Europa, com quase 40 mil eleitores, Portugal viu o interesse pelo voto da comunidade brasileira disparar neste ano. Em números gerais, houve um aumento de 23% em relação ao pleito de 2014.

Por conta da grande quantidade de eleitores, a votação acontece na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde mais de 20 salas estão dedicadas aos brasileiros.

Eleitor de Jair Bolsonaro, o garçom Anderson Freitas, 40, vive há 17 anos em Portugal, mas esta é a primeira vez que vota no país europeu.

“Nunca senti vontade, mas nestas eleições eu percebi que eu precisava ajudar a mudar o Brasil. Não podemos deixar o PT e aquela roubalheira voltarem de jeito nenhum”, argumenta ele, que diz, mesmo assim, não ter planos de voltar ao país.

Natural de Ipatinga (MG), Narimá de Freitas acordou cedo para votar e foi a segunda da fila na capital portuguesa. “Resolvi vir logo cedo porque tenho de votar. Não viria se não fosse obrigada”, conta.

Uma opinião que contrasta com a da advogada paulistana Zilah Queiroz, 72, que tentou registrar seu voto mesmo sem estar inscrita no consulado. “Estou aqui viajando, mas vim aqui para tentar votar, acho muito importante, mesmo eu não sendo mais obrigada”, conta.

De camiseta da seleção brasileira e maquiagem verde e amarela nos olhos, ela diz que seu desejo era votar no tucano Geraldo Alckmin. “Vi o que ele [Alckmin] fez por São Paulo, os muitos cursos que promoveu. Que Deus tenha misericórdia do Brasil se o Haddad ganhar”, avalia.

Assim como a aposentada, dezenas de brasileiros se frustraram diante da impossibilidade de votar. Questionados pela reportagem, a maioria disse desconhecer a necessidade de fazer um cadastramento prévio. Em 2018, o prazo para transferir o título para o exterior acabou em maio. Com informações da Folhapress.

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