sábado, 21 de setembro de 2024
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FHC diz que continua aberto a Haddad “como pessoa”

Horas após Fernando Haddad (PT) lamentar o fracasso de uma frente democrática em torno de seu nome e dizer que continua à disposição para que democratas se somem à campanha,…

Horas após Fernando Haddad (PT) lamentar o fracasso de uma frente democrática em torno de seu nome e dizer que continua à disposição para que democratas se somem à campanha, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse que continua com a “porta” aberta para o petista “como pessoa”.

FHC falou rapidamente com a reportagem no término de um evento sobre política e democracia no instituto que leva seu nome, no centro de São Paulo, nesta quarta-feira (17).

“E eu para ele, como pessoa”, disse o tucano ao ser informado pela reportagem que Haddad havia falado que continuava com um canal aberto para dialogar com o tucano. A declaração do petista veio durante a tarde, depois de FHC afirmar em um evento que a “porta” que dizia haver entre ele e o ex-prefeito está “enferrujada” e com a fechadura “enguiçada”.

Haddad, que vem tentando formar um grupo em torno de seu nome no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSL), afirmou também, ao comentar a fala do ex-presidente sobre a tal passagem enferrujada, que “o convite permanece para que os democratas se somem”.

Em seu perfil no Twitter, o tucano reiterou nesta quarta que “há ferrugem nas dobradiças da porta de apoio ao PT” e que se juntará “a quem se opuser a arbitrariedades do futuro governo, se tentar praticá-las”. Concluiu a mensagem sem mencionar nomes de candidatos, escrevendo: “Sem eleitoralismo, com coerência, sou pela Constituição, por maior igualdade”.

Historiadores internacionais divulgaram uma carta quarta pedindo ao ex-presidente da República que se posicione publicamente contra Bolsonaro.

Pouco antes de ser abordado pela reportagem, FHC usou o microfone durante o seminário em sua fundação para comparar a eleição brasileira deste ano a um terremoto, no contexto de transformações dos países democráticos.

Segundo ele, mudanças na forma como as legendas são organizadas e vistas, o desgaste da “dominação oligárquica dentro dos partidos” e a polarização contribuíram para que o processo eleitoral fosse atípico.”Tudo isso está bastante esclerosado. O que nós vimos no Brasil agora foi exatamente um terremoto. Estamos vivendo os escombros de um momento, e o outro não está posto ainda.”

FHC seguiu: “Foi ruim. E é possível que fique pior ainda daqui a pouco. Mas é necessário. A história às vezes é cruel. Ela usa não os melhores braços para dar uma marretada e quebrar [o sistema]. Nós estamos na fase do quebrando”.

Diante dele estavam novas lideranças políticas que disputaram a eleição com o apoio da Raps (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), entidade que organizou o debate em parceria com a Fundação FHC. Com informações da Folhapress.

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