domingo, 22 de setembro de 2024
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Crateras impedem entrada de ambulância em rua para socorrer idoso

Uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) não conseguiu chegar até a casa de um idoso de 80 anos, que passou mal, na tarde desta quinta-feira (8),…

Uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) não conseguiu chegar até a casa de um idoso de 80 anos, que passou mal, na tarde desta quinta-feira (8), e precisou de atendimento médico, por causa das péssimas condições da Rua Osvaldo Barioni, no bairro Água Branca 3, em Araçatuba.

A situação revoltou moradores, que convivem com crateras que tomam boa parte da via e tornam tarefas simples, como tirar o carro da garagem ou atravessar a rua, em missão quase que impossível.

O caso do idoso Elias Luís de Souza, 80 anos, aconteceu na tarde desta quinta-feira (8). Ele passou recentemente por uma cirurgia na perna e a tala que usava feriu a sua pele, provocando um corte profundo, por isso, sua família chamou o serviço de atendimento móvel de urgência.

Ao chegar à rua, o motorista do Samu teve de deixar a ambulância na esquina por causa das crateras que se estendem por toda a via. Para levar o idoso até o veículo, foi preciso que seis homens ajudassem a transportá-lo na maca, andando aproximadamente cem metros.

“Meu sogro é acamado, não consegue andar. A gente fica triste com uma situação dessas. Prometeram o asfalto pra essa rua, mas até agora, nada”, contou a serviços gerais Marli Cirilo Marques de Souza, 45 anos, nora do seu Elias.

A dificuldade em transitar pela via já causou prejuízos à sua família. “Meu marido gastou R$ 1 mil, recentemente, para arrumar as rodas do carro, que vivem quebrando por causa da buraqueira”, afirmou.

Os tombos na rua também são recorrentes. E o perigo é ainda maior quando chove e está escuro, porque não dá para visualizar os buracos encobertos pela água. “Eu já caí e me machuquei por causa disso”, relatou.

Quem também já se feriu após cair na via esburacada foi a aposentada Inês Aparecida Machado, 59 anos. Ela teve paralisia infantil, por isso tem dificuldade de locomoção e já perdeu as contas de quantas vezes caiu por causa dos buracos da via. “Uma vez cheguei a ficar desacordada e fui socorrida por um vizinho”, disse.

TRANSPORTE E LIXO

Quando a aposentada precisa utilizar o transporte público é outro problema. Isso porque os ônibus não passam na sua rua e ela tem de andar seis quarteirões para ter acesso ao serviço. “Eu preciso sair de casa uma hora mais cedo, porque ando devagar com medo de cair”, conta. “Os ônibus não entram nesta rua há pelo menos cinco anos. Se existem pessoas abandonadas nesta cidade são os moradores do Água Branca 3”, lamentou.

Além dos ônibus, os caminhões de coleta de lixo também não conseguem passar pela Rua Osvaldo Barione, segundo a catadora de recicláveis Jucimara Aparecida de Campos, 46. “Os lixeiros precisam carregar os sacos nas costas até o caminhão, que não entra aqui por causa dos buracos”, disse. Segundo ela, algumas vezes, o lixo acaba ficando para trás.

Jucimara disse não entender por que a Prefeitura não asfaltou toda a extensão da Osvaldo Barioni, já que outros trechos da rua foram asfaltados. “Não aguentamos mais isso, infelizmente, os políticos só lembram da gente em época de eleição”, desabafou.

Ela lembra também que outras vias estão na mesma situação, como a Waldir Cunha e Aristides Torres, e relata que seus pais, que são idosos, não conseguem nem mesmo sair com o carro da garagem, por causa das péssimas condições da via onde moram, a Waldir Cunha.

Quem também passa pela mesma situação é o catador de recicláveis Ricardo Jesus de Carvalho, 48. Para tirar o carro da garagem, ele precisa fazer várias manobras para não cair em uma das inúmeras crateras existentes na Osvaldo Barioni.

Quando chove, a situação piora, porque a terra desce junto com as pedras, formando verdadeiros montes em frente a sua casa, que fica na baixada. “Muitas vezes, sou obrigado a pegar uma enxada e retirar a terra para conseguir sair de casa com o carro”, contou.

OUTRO LADO

A Prefeitura informou que o local está recebendo galerias de águas pluviais e está em fase final de licitação para asfaltamento.

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