Uma bebê de dez meses, cuja família mora no Jardim TV, em Araçatuba, foi diagnosticada com leishmaniose visceral e está internada na Santa Casa da cidade.
O caso da bebê foi confirmado pela Vigilância Epidemiológica nesta quinta-feira (29), seis dias após a morte de uma mulher de 29 anos pela mesma doença.
Com a bebê, o número de casos em humanos sobe para 14 no município neste ano, com três óbitos. Em 2017, foram nove casos e três mortes.
BLOQUEIO
A Prefeitura informou que vai fazer um bloqueio na área próxima à residência da bebê, no Jardim TV, com a coleta de sangue canino para a realização de exame de leishmaniose nos animais.
EM ANIMAIS
O número de cães positivos para a doença cresceu 13,3% este ano em comparação com 2017, em Araçatuba.
Segundo o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), de janeiro até hoje, 775 animais foram diagnosticados com leishmaniose em 2018. No ano passado, foram 684 cães positivos para a doença.
Para o recolhimento de animais doentes é necessário laudo médico veterinário recomendando a eutanásia do animal ou exame positivo de leishmaniose.
O CCZ oferece gratuitamente o exame de leishamaniose canina, de segunda a sexta, das 7h30 às 17h.
Segundo o município, além do bloqueio com exames nos cães próximos às residências dos pacientes diagnosticados com a doença, são realizadas também palestras educativas em escolas municipais no decorrer do ano para alertar sobre a doença e seus riscos.
TRANSMISSÃO
A leishmaniose é causada pelo protozoário Leishmania, que é transmitido pela picada de mosquitos-palha infectados.
A transmissão se dá quando o mosquito-palha pica cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário causador da doença.
SINTOMAS
Em humanos, os sintomas da leishmaniose visceral são febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular e anemia.
Nos cães, os sintomas são febre, emagrecimento, crescimento exagerado das unhas, apatia, falta de apetite, diarreia e vômito.