domingo, 22 de setembro de 2024
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Homem diz que matou adolescente por ela ser ´cagueta`

Foragido da Penitenciária de Bauru desde maio de 2018, onde já cumpria pena por homicídio, Daniel Gaspar Barbosa, 33 anos, confessou à Polícia Civil de Araçatuba, neste domingo (20), poucas…

Foragido da Penitenciária de Bauru desde maio de 2018, onde já cumpria pena por homicídio, Daniel Gaspar Barbosa, 33 anos, confessou à Polícia Civil de Araçatuba, neste domingo (20), poucas horas após ter sido detido por policiais militares no bairro Araçatuba G, que matou Júlia Maria de Lima Barbassa Mendes, 14 anos, no interior da residência onde ela morava, no bairro Água Branca. Segundo relato do assassino confesso, uma discussão com a jovem, no meio da rua, há pelo menos quatro dias, motivou o crime.

A confissão de Daniel e detalhes por ele revelados, sobre como praticou o crime, consta em termo de interrogatório registrado pela Polícia Civil e que dará sustentação a inquérito instaurado para investigar todas as circunstâncias da morte da jovem, sepultada na tarde deste domingo no cemitério Recanto de Paz, no bairro Rosele.

Daniel diz, em 18 linhas de declarações registradas pela Polícia Civil, que havia discutido com Júlia na rua, há pelo menos quatro dias, e que invadiu a casa onde praticou o crime para tirar satisfações com a garota, a quem classificou no depoimento como “cagueta”.

Com o assassinato da jovem, Daniel aumenta a lista de homicídios em sua ficha criminal. Conforme ele próprio relata em depoimento, em 2006, na cidade de Ribeirão Preto, tirou a vida da própria esposa, também a facadas, sob a alegação de que era “traído” pela companheira. Crime pelo qual cumpria pena de 18 anos de reclusão.

O assassino confesso diz que estava em Araçatuba desde maio de 2018, quando fugiu da Penitenciária de Bauru, onde cumpria pena em regime semiaberto por conta do homicídio da esposa. Ele estava “escondido” na casa da mãe, que fica de frente a residência de Júlia, na rua Cláudio Dionísio Sanches de Souza.

Em sua declaração à polícia, Daniel deixa evidente que não se entendia com familiares da jovem e com ela diretamente. O assassino confesso chama a família de “cagueta”, termo usado para pessoas que entregam outras por conta de atos que tenham praticado.

No caso, ele tinha medo de ser denunciado pela família da garota, pelo fato de ser um foragido da Justiça e estar escondido na casa da própria mãe. Por esta razão, medo de ser entregue à polícia, Daniel brigou com a jovem na rua, dias antes de cometer o assassinato, e na própria manhã de sábado.

Daniel afirma ter pulado o muro da casa da jovem para tirar satisfações, uma vez que estava motivado por raiva decorrente da discussão que os dois tiveram há poucos dias. Na cozinha, se encontraram e passaram a discutir. Júlia foi morta a golpes de uma faca que o assassino confesso afirma ter pego de uma estante, no interior da moradia.

Ela garante à polícia que não estuprou nem tentou cometer crime sexual contra a garota, e que também não desferiu socos e tabas contra ela. Porém, afirma tê-la esfaqueado, porém sem saber precisar a quantidade de vezes.

O assassino confesso termina seu depoimento dizendo que, após passar a noite na mata próxima ao local do crime, decidiu sair para

LEIA O DEPOIMENTO DE DANIEL SOBRE O CRIME QUE COMETEU:

O Araçatuba e Região reproduz o texto conforme registrado, respeitando termos e pontuações usadas pela própria Polícia Civi.

“Preliminarmente esclareço que até o mês de maio de 2018 eu cumpria pena por homicídio na Penitenciária de Bauru em razão de ter assassinado minha mulher no ano de 2006 na cidade de Ribeirão Preto; matei minha a facadas em razão de ter descoberto que ela me traía. Informo que fugi da penitenciária aproveitando que eu cumpria regime semiaberto e realizada serviços externos; de Bauru vim morar na casa de minha mãe que fica em um imóvel defronte à residência de Júlia Maria. Esclareço que desde que cheguei em Araçatuba tomei conhecimento que a família de Júlia Maria era “um bando de caguetas”; eu fiquei com medo que eles me entregassem para a Polícia haja vista que eu estava foragido, e por essa razão em determinado dia, ao encontrar Júlia na rua, a xinguei de “cagueta” e ela revidou e também me xingou; isso aconteceu há quatro ou cinco dias atrás; depois disso fiquei com mais raiva ainda da família de Júlia e ontem pela manhã pulei o muro da casa dela, entrei no imóvel, fui até a cozinha onde a encontrei sozinha, novamente a xinguei de “cagueta” e passamos a discutir; eu vi que tinha uma faca em cima de uma estante, peguei a faca e desferi golpes contra Júlia; não sei dizer quantas facadas eu dei, mas acredito que foram duas; eu não agredi Júlia com socos nem tapas; eu não estuprei nem tentei estuprar Júlia; fui até o local apenas para tirar satisfações com a família de Júlia e em princípio não tinha a intenção de matá-la. Eu fugi do local levando a faca mas não sei dizer onde a dispensei; fugi para o matagal e lá permaneci durante toda a noite sendo que nessa manhã decidi procurar um amigo meu no bairro Araçatuba G para ele me dar abrigo mas fui localizado pela Polícia defronte a casa dele. Nada mais disse”.

Com informações do site Regional Press

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