sábado, 9 de novembro de 2024
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É o que tem pra hoje

É comum encontrarmos nos nossos dias profissionais com o comportamento frustrado de que “é o que tem pra hoje”. Sem generalizar, porém sabemos que há uma infinidade de pessoas que…

É comum encontrarmos nos nossos dias profissionais com o comportamento frustrado de que “é o que tem pra hoje”. Sem generalizar, porém sabemos que há uma infinidade de pessoas que pensam assim. Aqueles que se frustraram na vida, com seus sonhos, por uma série de motivos acabam desenvolvendo o pensamento de estar sempre insatisfeito com o que tem.

Infelizmente precisam do salário, precisam pagar as contas e por este motivo se sujeitam ao trabalho que estão executando e ponto final. Desta forma, tornam-se inadequados para as empresas, para os empresários, para o comércio e onde estiverem atuando. Quantas vezes vemos colaboradores que trabalham no “front desk”na frente, que é considerado o cartão de apresentação do estabelecimento, que são responsáveis por atender, receber e cativar o cliente e por estarem imbuídos deste sentimento se tornam pessimistas e negativos.

É neste ponto que costumo dizer que o recepcionista vira “decepcionista”, às vezes esboçam a expressão corporal e facial de repelir o cliente. Quando o vendedor olha para o cliente com o olhar de mais um e pensa “Já veio me atrapalhar”, “Ixi, tava no meu Facebook e agora vou ter que sair”, “Não aguento mais, chegou alguém para eu atender, vou ter que sair do Whatsapp”.

Normalmente percebo que empresários que começam um empreendimento novo fazem grandes investimentos na parte estrutural, no prédio, nas paredes, na logomarca e em mídia para divulgar o novo negócio, mas colocam para trabalhar na frente de seus estabelecimentos pessoas com estas características. Profissionais descomprometidos em posições de destaque, principalmente em atendimento direto são problemas seríssimos e uma grande ameaça a evolução da empresa, destrutivo para a saúde e crescimento da mesma.

Paredes, móveis não lidam com seres humanos, e se tiver colaboradores amargurados, aborrecidos e sobrecarregados, transferirão toda esta carga para o cliente. O resultado disso será aquela famosa frase do cliente que já comentei em outra matéria “Eu não volto mais neste lugar”.

Ao fazerem um processo seletivo escolham com mais eficácia e exatidão seus colaboradores e, sobretudo treine-os. Evite indivíduos que comemoram com euforia as sextas-feiras e lamentam pelas segundas-feiras, que tem o costume de torcerem pelo fechamento da empresa, como se o naufrágio do barco não lhe afetasse.

Em meu treinamento chamado Cérebro Evolutivo percebo e enfatizo aos diretores e empreendedores que o ambiente de trabalho pode ser a causa da insatisfação de muitos trabalhadores. Quando o ambiente em que trabalhamos não é bom, não conseguimos produzir de forma eficiente. A equipe como um todo deve estar sincronizada e então a figura de amargurado, com certeza, tira a paz e o desenvolvimento do grupo. Para reverter este quadro só há uma forma, treinamento e capacitação. Treinar a equipe, despertar a motivação e levar o colaborador a ter alegria em desempenhar o trabalho que faz hoje é a chave para o crescimento do negócio.

Quanto aos que trabalham com este comportamento, aconselho que abram suas mentes e livrem-se destes pensamentos, pois estes apenas trarão tristeza e improdutividade para sua vida. Por mais simples que seja a função ela precisa ser desempenhada com amor e apresso. Sabemos que quanto mais dedicação você tiver ao fazer seu trabalho mais portas se abrirão e mais crescerá no trabalho, mas se o contrário acontecer você sempre estará mudando de emprego e nunca será alguém realizado.

Não pense; é o que tem pra hoje e sim, darei o meu melhor nesta oportunidade que tenho hoje.

Júlio César – Master Coach

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