sábado, 21 de setembro de 2024
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Rio Preto cogita arrastão por medicamentos de intubação ao HB

Arrastão 1 A Secretaria de Saúde de Rio Preto analisa a possibilidade, caso seja necessário, de fazer um “arrastão” nas principais cidades da região com o objetivo de garantir para…

Arrastão 1
A Secretaria de Saúde de Rio Preto analisa a possibilidade, caso seja necessário, de fazer um “arrastão” nas principais cidades da região com o objetivo de garantir para o Hospital de Base (HB) e Santa Casa medicamentos (relaxantes) utilizados para intubar pacientes com Covid-19. É claro que o “arrastão” em questão dependeria da boa vontade dos prefeitos da região, que poderiam ou não contribuir com a causa.

Arrastão 2
De acordo com o secretário de Saúde, Aldenis Borim, a Prefeitura de Rio Preto tem em estoque esses medicamentos, mas que podem suprir, no máximo, dois dias as necessidades dos dois hospitais que estão na linha de frente do combate à pandemia. Tanto HB quanto a Santa Casa suspenderam as cirurgias eletivas para que os remédios possam ser usados por pacientes em estado mais grave.

Arrastão 3
Caso os hospitais continuem com estoques reduzidos de medicamentos, a Prefeitura de Rio Preto pode paralisar os exames corriqueiros feitos no Hospital Dia e transferir as doses para os hospitais, além de solicitar que cidades da região também contribuam com a medicação. Especialmente porque o HB atende pacientes de fora de Rio Preto.

Calamidade
Borim diz que, apesar de os medicamentos serem do município, a burocracia não impediria a Prefeitura de destiná-los aos hospitais. “Faz um termo de empréstimo e depois devolvem. Não tem burocracia se precisar, principalmente num caso de calamidade”, disse o secretário de Saúde, Aldenis Borim.

Escassez
A falta de medicamentos ocorre em todo País. O secretário de Saúde explica que, atualmente, o número de intubados no Brasil aumentou “três, quatro vezes”. “Média de 40 intubações por dia. Nós (Prefeitura de Rio Preto) não intubamos isso por ano”, disse o titular da Saúde. Outra preocupação dos hospitais é com valor dos medicamentos, que deve saltar consideravelmente para as próximas compras, como ocorreu com álcool em gel e máscaras, no começo da pandemia.

Cobrança
O assunto é tão sensível que foi abordado nesta quarta-feira (24) pelo prefeito Edinho Araújo em videoconferência com representantes do governo do Estado e prefeitos de cidades polo. Durante a reunião o prefeito cobrou do Estado maior agilidade na aquisição de medicamentos para a intubação de pacientes em tratamento para Covid-19. O secretário de desenvolvimento regional do Estado, Marco Vinholi, disse que esse é um problema nacional e que esses medicamentos estão em falta em todo o país. “Estamos atuando junto ao governo Federal e ao Ministério da Saúde para resolver essa situação”, disse Vinholi.

Conversa de doido 1
Outro assunto debatido na videoconferência, a adoção de um mini-lockdown em Rio Preto, virou aquela típica conversa de doido. Edinho tinha solicitado ao Estado, na semana passada, a possibilidade de elevar de 4 para 5 horas o horário de abertura do comércio na cidade. Como contrapartida, os estabelecimentos permaneceriam fechados aos domingos e às segundas-feiras. Representantes do Estado fizeram uma contraproposta: comércio aberto durante 6 horas diárias, mas mini-lockdown entre domingo e terça-feira.

Conversa de doido 2
Edinho concordou com a alternativa e questionou se já poderia aderir ao plano proposto do Estado. Ouviu de Marco Vinholi que ele iria se reunir com os membros do Conselho Executivo de combate ao coronavírus para dar a resposta “o quanto antes”. Mas se o próprio Estado fez a proposta, que foi aceita pelo prefeito, por que então discuti-la novamente? Coisa de doido.

Gregos e troianos
Como se era de esperar, o tal mini-lockdown não agradou gregos e troianos – no caso, setores distintos do empresariado. Em nota, a Acirp se disse favorável à mudança, já que os domingos “se tornaram praticamente um dia para passeios em família nos shoppings” e as segundas-feiras “são dias fracos para o comércio”. Já os shoppings, obviamente, se colocaram contra o fechamento, especialmente aos domingos.

Antes da Covid
Muitas pessoas se dizem chocadas com a correria de hospitais públicos para tentar suprir a demanda por causa da pandemia da Covid-19. Mas os problemas de saúde pública são antigos. Diversas ações pipocam diariamente na Justiça para que prefeituras forneçam medicamentos à população. Nesta quarta-feira (24), por exemplo, a juíza da 2 Vara da Fazenda, Tatiana Pereira Viana Santos, falou em bloquear verbas da Prefeitura de Rio Preto ou aplicar multa diária de R$ 500, caso um medicamento não seja fornecido a um homem em tratamento oncológico. A magistrada já havia determinado que o Executivo deveria custear o medicamento em 20 de fevereiro.

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