domingo, 22 de setembro de 2024
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Índice regional pode ser a trava para avanço à fase amarela

Tão longe, tão perto 1 Rio Preto nunca esteve tão longe da fase vermelha e tão perto da amarela desde que a Covid-19 atingiu o pico por aqui. Segundo as…

Tão longe, tão perto 1
Rio Preto nunca esteve tão longe da fase vermelha e tão perto da amarela desde que a Covid-19 atingiu o pico por aqui. Segundo as contas feitas e refeitas pelo comitê municipal de gestão da crise do novo coronavírus nesta quinta-feira (20), se dependesse apenas dos números locais, o município bateria na trave, mas carimbaria o avanço para a nova etapa do plano de flexibilização da economia, que permite restaurantes, bares, academias e salões de beleza.

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No entanto, os dados gerais do Departamento Regional de Saúde (DRS) local, com 102 cidades, impunham certa cautela ao otimismo da equipe liderada pelo secretário de Saúde de Rio Preto, Aldenis Borim, diante do anúncio oficial do governo do Estado nesta sexta-feira (21). Isso porque, no geral, variáveis como ocupação de leitos de UTI e número de novos casos ainda mantinham a região, tecnicamente falando, no laranja.

Por seis leitos
A título de comparação. Na quarta-feira (19), por exemplo, a taxa de ocupação de leitos de Rio Preto era 71,91%. Já a média da região como um todo era 77,6%, número que caiu para 76,8% nesta quinta (20). Para avançar para o amarelo, a DRS precisa estar abaixo de 75%. Em números absolutos, não é uma meta impossível. Significa, no momento, vagar seis leitos para atingir ocupação aceitável. Dois a menos que 24 horas antes, em que apenas 8 leitos impediam a região de avançar.

Âncora
O fato é que a região, que viveu o pico depois de Rio Preto, acabou virando uma espécie de âncora que pode impedir o município de amarelar. Mas é fundamental ressaltar, segundo o secretário Aldenis Borim, que o quadro já foi exatamente o oposto nas semanas epidemiológicas de número 29, 30 e 31, em julho, quando o índice de ocupação de leitos locais de UTI bateu em 82%. E a população rio-pretense só não amargou o vermelho porque foi “salva” pela média regional.

“Estamos prontos”
“Nossa ocupação de leitos e a queda de novos casos nos colocam no amarelo, mas a situação não é a mesma na região, daí a nossa cautela. Por isso, não consigo cravar, como nas semanas anteriores se ficamos ou mudamos de fase”, diz Aldenis, que completa: “Rio Preto hoje tem um número de casos, leitos e estrutura de atendimento que suportaria a fase seguinte, com maior flexibilização”, diz Aldenis.

Decisão
A decisão, que será anunciada pelo vice-governador Rodrigo Garcia às 12h45 segue, portanto, provocando suspense. Até porque, há semanas a CROSS (Central de Regulação de Serviços da Saúde), do governo do Estado, começou a dar uma forcinha para a região, de forma a enviar pacientes para cidades de outras DRSs. Isso, além dos novos leitos de UTI criados na regional, que ajudaram a empurrar a ocupação geral de vagas para baixo, embora não na velocidade suficiente para os prefeitos chegarem tranquilos no momento do anúncio. De todo jeito, na política, 2 mais 2 pode dar qualquer número como resultado.

Indignado
O defensor público de Rio Preto Júlio Tanone, que já pediu para a região voltar para fase vermelha diante do número de casos e mortes pela Covid-19, foi ao Facebook expor sua indignação com os ajustes nas regras do Estado que podem levar a região para o amarelo. “Se nos próximos dias você se deparar com os termos margem de segurança, recalibragem e fase amarela, tudo na mesma frase e contexto, leia-se: picaretagem”.

Pós-verdade
Em contato com DLNews, Tanone demonstrou discordar do avanço para a fase amarela. “Cautela. Mas, na pós-verdade, o que menos importa são os fatos. Mais importam versões e narrativas”, disse o defensor.

Animados
Caso avance para fase amarela, donos de academia se dizem prontos para reabrir os estabelecimentos já no sábado (22). O combinado com a Prefeitura de Rio Preto, em reunião nesta quinta (20), foi o funcionamento durante 8 horas, sendo 4 horas pela manhã e 4 horas à tarde.

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