sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Pastor Anderson desconfiava de planos da família para matá-lo

O pastor Anderson do Carmo, morto com mais de 30 tiros em Niterói em junho do ano passado, sabia dos planos da família para tentar matá-lo. De acordo com a…

O pastor Anderson do Carmo, morto com mais de 30 tiros em Niterói em junho do ano passado, sabia dos planos da família para tentar matá-lo. De acordo com a polícia, antes do assassinato, houve ao menos oito tentativas frustradas, seis delas por envenenamento com arsênico ou cianeto. A família tentou ainda forjar dois latrocínios – roubo seguido de morte –, que acabaram não sendo levados adiante pela quadrilha.

Nesta segunda-feira (24), a deputada Flordelis (PSD-RJ), viúva de Anderson, foi apontada como a mandante do crime – ela nega. A Polícia Civil do RJ e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam oito pessoas, entre elas, estão cinco filhos e uma neta de Flordelis – ela não pôde ser presa por causa da imunidade parlamentar.

Com as tentativas frustradas de envenenamento com arsênico, duas filhas adotivas do casal, Marzy e Simone (presas na operação desta segunda), teriam passado a fazer buscas na internet e compraram cianeto.

“Ele foi várias vezes levado ao hospital por sintomas que, mais tarde, foram identificados como característicos de envenenamento por arsênico. Isso em março de 2018. Depois de um tempo ele passou a ter mais cuidado”, afirmou o promotor Sérgio Luis Lopes Pereira, do Grupo de Atuação Especializada e Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Ainda segundo o MPRJ, como o pastor teria começado a desconfiar, a partir de abril de 2019 os familiares passaram a planejar a execução a tiros.

“Quando foi em março ou abril de 2019, apareceu no IPad dele, escrito por Marzy, incitando Lucas a matar o pastor por R$ 10 mil. E de alguma forma, acredito que por sincronização, essa mensagem apareceu no tablet do pastor”, explicou o promotor. Uma testemunha importante, segundo Sérgio, teria avisado a Anderson que o texto não parecia ser de autoria de Marzy, e, sim, de autoria de Flordelis. “Ele, pelo jeito, não acreditou”.

“Ele tomou ciência e não acreditou”, resumiu o delegado Allan Duarte, da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí.

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