sexta-feira, 20 de setembro de 2024
Pesquisar
Close this search box.

Redemoinhos de fogo e poeira assustam moradores

Moradores do interior de Goiás ficaram assustados ao flagrar redemoinhos de fogo, poeira e ventania na região. Produtores rurais filmaram um redemoinho de fogo ao lado de uma plantação de…

Moradores do interior de Goiás ficaram assustados ao flagrar redemoinhos de fogo, poeira e ventania na região. Produtores rurais filmaram um redemoinho de fogo ao lado de uma plantação de cana-de-açúcar, na região do Morro Vermelho, em Mineiros, no sudoeste de Goiás.

Em Serranópolis, também no sudoeste do estado, moradora e animais se assustaram com a ventania de poeira, que derrubou objetos e quebrou garrafas que estavam em cima de uma bancada. As imagens foram gravadas na última segunda-feira (7). Para o Sistema de Meteorologia e Hidrologia do Estado de Goiás (Simehgo), a ventania de poeira pode ser indício de uma formação de um redemoinho.

Um redemoinho de poeira também foi registrado na zona rural de Piracanjuba, no sul de Goiás. As imagens, gravadas com celular, mostravam que o fenômeno media mais de um metro de altura.

Segundo a climatologista Regina Maria Lopes, o fenômeno, considerado raro, se torna comum devido à época do ano. Ela explica que a interação dos fatores relacionados à mudança de estação, calor, umidade, vento e relevo influenciam diretamente para que o redemoinho se forme.

“A gente tem solo com calor excessivo. A irradiação solar chegando na superfície do solo, temperaturas acima de 38 graus, tudo isso juntamente com a baixa umidade relativa do ar, os ventos, outro fator importante também, o próprio relevo, as áreas abertas com a retirada da vegetação, isso tudo contribui – os ventos principalmente – para a ocorrência desses fenômenos”, diz.

Quem presenciar o momento, deve manter o máximo de distância possível, segundo Regina.

“O recomendado é que se afaste, tome todas as medidas de segurança, porque o redemoinho pode chegar até a 100km/h. É um fenômeno que é questão de segundos, mas com uma intensidade muito elevada, que pode causar prejuízos e riscos para as pessoas”, explica.

O tempo seco, um dos fatores que influencia esse tipo de fenômeno, deve permanecer por um longo período, já que, de acordo com a climatologista, a possibilidade de chuvas em Goiás continua baixa durante o mês de setembro.

“Tem uma probabilidade muito pequena, apenas de 5%, que o Inmet faz essa projeção para os próximos 15 dias. Então está todo mundo na torcida. O ano passado a gente teve no final de setembro a primeira chuva, então vamos aguardar. A maior frequência é esperada para o mês de outubro”, pontua.

Notícias relacionadas