terça-feira, 24 de setembro de 2024
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Idosa vence Covid, brinda com licor e festeja seus 103 anos

Após passar 15 dias acamada por causa do novo coronavírus, a costureira aposentada Philomena Gertrudes Favaretto Vieira recebeu alta médica a tempo de festejar o aniversário de 103 anos em…

Após passar 15 dias acamada por causa do novo coronavírus, a costureira aposentada Philomena Gertrudes Favaretto Vieira recebeu alta médica a tempo de festejar o aniversário de 103 anos em Pontal (SP).

Ela não aceitou que o aniversário passasse em branco e exigiu que os seis filhos comprassem um bolo para cantar parabéns, mesmo que com parte distante dela, em uma festa pela internet. A notícia da cura teve ainda outro pedido especial: um cálice de licor de chocolate para celebrar a vida.

“Agradeço a Deus, por ter passado mais um aniversário. Muito obrigado, Jesus, por este dia sagrado. Fiquei tão satisfeita que nem acredito, mas venci, graças a Deus”, diz.

Angústia
De vestido novo e maquiagem, a aposentada contou que sempre teve receio de ficar doente. “Muito perigoso. Deus me livre. Eu tinha medo.”

No fim de agosto, após uma das filhas ter sido infectada, dona Philomena passava uns dias na casa de outra filha, que mora em Ribeirão Preto (SP), quando começou a sentir fraqueza e a ter diarreia.

Três dias depois, os sintomas pioraram e a família decidiu levá-la à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Paulista, onde ela passou uma noite e fez o teste RT-PCR, que identifica o vírus no organismo por meio de amostras coletadas no nariz e na garganta. O resultado positivo veio no dia seguinte.

“A família ficou apavorada, principalmente eu, porque fazia dez dias que eu tinha passado pela Covid. Cada organismo reage de uma forma, então a gente tem que ficar em alerta”, diz a filha da aposentada, Renata Favaretto Vieira, de 50 anos.

Curada
Devido ao risco de contato com outras doenças dentro do hospital, os médicos avaliaram o quadro de saúde da idosa, descartaram a necessidade de internação e recomendaram que ela fizesse o tratamento dentro de casa.

A aposentada e os parentes mais próximos cumpriram o isolamento social e, aos poucos, dona Philomena deu sinais de melhora. Quinze dias depois, ela repetiu o exame e o laudo trouxe o alívio tão esperado.

“Todo mundo ficou muito feliz. Foi um alívio, porque, pela idade dela e com tantos jovens perdendo a vida com Covid, foi um milagre. Foi um renascimento. A vontade de viver dela é muito grande”, diz Renata.

Festa sim
Na terça-feira (14), dona Philomena caprichou no visual e, mais do que animada, comemorou o aniversário de 103 anos. Teve parabéns, balão, bolo e brinde. Tudo pela internet.

Acostumada a bater papo com amigos e familiares na porta de casa, dona Philomena precisou mudar a rotina desde março, ficando mais reclusa. Mas, na sala de TV, ela continua a fazer uma das coisas que mais gosta: torcer pelo São Paulo, o time do coração.

“Eu gosto de todos os times, mas igual o São Paulo não existe. Para mim é São Paulo e São Paulo, desde pequena.”

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