domingo, 29 de setembro de 2024
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Número de testes de Covid realizados no país volta a cair

O total de testes moleculares (RT-PCR) para diagnóstico da Covid-19 realizados no Brasil voltou a cair em outubro. Foi o segundo mês seguido de queda, de acordo com dados compilados…

O total de testes moleculares (RT-PCR) para diagnóstico da Covid-19 realizados no Brasil voltou a cair em outubro. Foi o segundo mês seguido de queda, de acordo com dados compilados pelo Ministério da Saúde.

A queda no tipo de testes mais indicado para identificar pacientes com infecções recentes é vista com preocupação pelos especialistas. Os pesquisadores defendem que o Brasil deveria estar no caminho inverso: ampliando os testes para rastrear e frear o avanço da pandemia.

Isso porque, depois de meses de pandemia, já é sabido que o coronavírus é transmitido principalmente entre contatos próximos e logo nos primeiros dias após o aparecimento dos sintomas de Covid-19.

O rastreamento de contatos nada mais é do que identificar e acompanhar as pessoas que foram expostas à doença (leia mais abaixo). Ele já foi adotado para controlar a propagação de outras doenças infecciosas.

A falta de isolamento dos infectados causa surtos que podem ser controlados pela implementação de medidas direcionadas. A orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é encontrar os casos, isolar, testar e rastrear.

“Para rastrear um contato, você precisa do diagnóstico da pessoa. Quanto mais tivermos disponível o teste RT-PCR, mais vamos rastrear os casos secundários. Se ficarmos na ignorância de dados, não teremos sucesso. Precisamos detectar pessoas com ou sem sintomas do coronavírus”, alerta a infectologista Rosana Richtmann.

Segundo ela, além do teste, é importante saber três coisas com relação à transmissão: há quanto tempo a pessoa foi exposta ao vírus, em que ambiente ocorreu essa exposição e se houve ou não distanciamento. “Com essas três coisas já conseguimos fazer o rastreamento”, diz.

O físico Vitor Mori, pós-doutorando na Faculdade de Medicina da Universidade de Vermont (EUA) e membro do Observatório Covid-19 BR diz:

“Todo mundo fala da importância do rastreamento, mas não é simples. Precisa de estrutura. Talvez o grande desafio é a testagem. Detectar o vírus na pessoa é importante. Se não fizermos, não sabemos quem está infeccioso. Acabamos baseando o rastreamento só nos sintomas, mas existem os assintomáticos”.

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