Condenado a nove anos de prisão por lesão corporal que levou uma mulher à morte, o médico alemão Andreas David Niederbichler, de 45 anos, quebrou o silêncio nesta terça-feira, dia 2, sobre o caso, registrado em 2018, quando a vítima sofreu uma overdose durante sexo oral. À época, foi constadado que havia cocaína nas partes íntimas de Andreas. Agora, porém, enquanto a família de Yvonne M. pede indenização, ele alega que a mulher sabia sobre o entorpecente espalhado em seu corpo.
De acordo com o tribunal de Magdeburg, o médico tem um histórico de manter relações sexuais com mulheres ao colocar cocaína em seu pênis, além de taças de espumante, no batom das vítimas, bem como na pasta de dente. Andreas, segundo os documentos judiciais, fez três vítimas dessa forma entre setembro de 2015 e fevereiro de 2018. Diferentemente de Yvonne, elas sobreviveram.
Segundo o jornal alemão “Bild”, Andreas e Yvonne se conheceram em um site de relacionamento. À época, ele era médico-chefe numa clínica de cirurgia plástica e estética.
“Sim, havia drogas, mas eu não dei nenhuma droga a elas sem que elas soubessem. Eu estava procurando uma onda e elas estavam participando também”, afirmou.
Andreas alegou ainda que Yvonne já era usuária “experiente” de cocaína quando a conheceu.
“Quero provar que não foi um ato criminoso que resultou na trágica morte de Yvonne”, completou.
Apesar de desejar reverter a situação, o tribunal de apelação já rejeitou sua demanda, e Andreas não apresentou até o momento nenhuma nova evidência a ponto de justificar a reabertura do caso.
