Em 1999, Zane Michael Floyd abriu fogo com uma escopeta em supermercado de Las Vegas (Nevada, EUA) e matou quatro pessoas e deixou uma outra ferida. Acabou condenado à morte. Agora, aos 45 anos, ele deseja o mesmo destino: ser executado por pelotão de fuzilamento. Nevada utiliza o método da injeção letal, como a maioria dos estados que ainda aplicam a pena capital. Porém Brad Levenson, o advogado de Zane, entrou com um pedido para que haja uma mudança na aplicação da lei, classificando o coquetel de drogas injetado no condenado como “cruel”. Ele disse acreditar que o fuzilamento seja uma forma “mais humana” de execução.
“A execução por pelotão de fuzilamento é mais rápida e menos dolorosa”, disse Levenson na petição.
O líquido da injeção letal usada em Nevada é composto pelo sedativo diazepam, pelo analgésico sintético fentanil e por um cisatracúrio, para efeito paralítico, conforme noticiou a agência AP.
“É cruel e uma punição que viola os direitos constitucionais”, declarou o advogado do condenado, que negou que o pedido pelo uso de pelotão de fuzilamento seja uma tática para retardar a execução.
A morte de um condenado por fuzilamento é ainda aceita nos estados de Mississippi, Oklahoma e Utah, mas não é aplicada desde 2010. Recentemente, a Carolina do Sul autorizou execuções com pelotão de fuzilamento para combater a escassez de drogas injetáveis letais. Desde 2013, o estado não possui os medicamentos necessários – pentobarbital, brometo de pancurônio e cloreto de potássio – para aplicar injeções letais.
A execução de Zane está marcada para junho. Se ela ocorrer será a primeira em Nevada desde 2006. O estado, um dos 27 dos EUA que aplicam a pena de morte, tem 65 condenados à espera de execução.
Antes, entretanto, Levenson fará um último pedido de clemência.