Está vendo essas pessoas acima? Elas não existem. Sim, são criadas pelo uso de softwares de inteligência artificial. De acordo com a entidade independente britânica Centre for Information Resilience, todas as seis “nasceram” para defender interesses chineses, ainda mais com a guerra de informações após o país dar início à pandemia de Covid-19 e até espalhar fake news.
Talhadas por computador, esses internautas, espalhados em perfis no Twitter, no Instagram e no Facebook, não passam de conjuntos de códigos com a ilusão de personalidade, tendo, com diversos fins, idades, gêneros, formas faciais e etnias variados.
O resultado é tão perfeito (até mesmo nas imperfeições humanas) que é quase impossível distinguir esses seres virtuais das pessoas reais. Em recente relatório, a organização pró-democracia afirma que a China tem se aprimorado no desenvolvimento de robôs para as redes sociais, interferindo em assuntos sensíveis em países ocidentais, como discussões raciais e até leis sobre controle de armas.
“Uma operação de influência coordenada no Twitter, no Facebook e no YouTube está usando uma mistura de contas falsas e redirecionadas para promover narrativas pró-China e distorcer percepções sobre questões importantes”, afirmou a entidade, de acordo com reportagem do “Sun”.
A China parece ter intensificado seus esforços nos últimos anos para divulgar suas narrativas e influenciar as pessoas, especialmente após a pandemia de Covid-19. Ainda há dúvidas sobre a posição da China nos primeiros dias do surto. O país foi acusado de encobrir detalhes importantes e de não alertar o mundo sobre o risco. E ainda se debate se o coronavírus vazou ou não de um laboratório biológico chinês em Wuhan, algo que Pequim nega furiosamente.
O Center for Information Resilience (CIR) se identifica como “uma empresa social independente e sem fins lucrativos, dedicada a identificar, combater e expor operações de influência. Nossa missão é aumentar a conscientização sobre a ameaça à democracia e a verdade objetiva das operações de influência, incluindo a desinformação, e ajudar a combatê-la”.