domingo, 29 de setembro de 2024
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Jovem preso por crime que não cometeu é solto após 8 meses

O jovem de 24 anos Marcos Vinicius Pinto Santos deixou a prisão na tarde desta quarta-feira (20) em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, após passar 240 dias…

O jovem de 24 anos Marcos Vinicius Pinto Santos deixou a prisão na tarde desta quarta-feira (20) em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, após passar 240 dias encarcerado por um crime que não cometeu.

Agora inocentado pela Justiça, Marcos Vinicius poderia ter sido libertado em outras três oportunidades. No final de julho, a Justiça de SP negou o pedido para que o rapaz respondesse ao processo em liberdade. Em 13 de agosto, a Justiça negou pedido de habeas corpus feito pela defesa.

Depois, no dia 26 de agosto, o Ministério Publico reconheceu a falta de provas e pediu que Marcos e o outro réu preso pelo mesmo crime fossem libertados. Apesar disso, eles ainda ficaram presos quase dois meses até o julgamento, que só aconteceu na terça-feira (19). O outro rapaz que era acusado pelo crime também foi solto somente nesta quarta.

Em fevereiro, Marcos e um amigo foram presos por suspeita de assaltar um Policial Militar na via Anchieta, na Zona Sul de São Paulo.

Um vídeo ajudou a família do rapaz na defesa: uma câmera de segurança mostrou que o jovem estava dentro da comunidade onde mora, em São Bernardo do Campo, minutos antes do roubo, e até parou para conversar com um comerciante. Depois, ele foi caminhando até a casa do amigo. Os dois foram presos meia hora depois do crime, quando seguiam para nadar na represa Billings.

Desde então, Marcos passou os últimos oito meses nos Centros de Detenção Provisória (CDPs) do Belém e de São Bernardo. Ele completou 24 anos atrás das grades, e ainda estava preso quando o filho fez dois anos.

“Quando entrei lá, a primeira coisa que me falaram é que eu ia pegar 10 anos, 15 anos. Inclusive, uns dias atrás, eu sonhei que eu estava sendo punido por uma coisa que eu não fiz, e ia pegar nove anos”, disse Marcos.
“Eu tava com saudade da minha família, principalmente do meu filho, tava difícil. As coisas são muito difíceis lá dentro”, completou.

Pra quem estava esperando, a angústia também foi longa. A mãe do Marcos, Maria Luisa Pinto, disse que não conseguia dormir tranquila enquanto o filho estava prelo.

“Eu não tive sossego, eu não tive paz. Não conseguia fechar o olho a noite sabendo que ele tava num lugar desse. Agora nós estamos bem”, disse.

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