sábado, 21 de setembro de 2024
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Raposas são engordadas para alimentar mercado de casacos de pele

A cena é assustadora: animais com pés deformados, orelhas faltando e olhos doentes. Um grande número de raposas do Ártico foi descoberto em pequenas gaiolas na “capital da criação de…

A cena é assustadora: animais com pés deformados, orelhas faltando e olhos doentes. Um grande número de raposas do Ártico foi descoberto em pequenas gaiolas na “capital da criação de peles” desse tipo de animal na Europa.

Imagens angustiantes de uma fazenda na região de Ostrobothnia (Finlândia) mostram raposas do Ártico forçadas a viver em pequenos espaços de metal escuro, em torno de um metro quadrado, sem nada em que possam repousar.

Elas fazem parte de um contigente de um a dois milhões de raposas criadas todos os anos em cerca de 750 fazendas de peles na Finlândia usadas para fazer vestimentas, especialmente casacos de pele, revelou uma investigação do jornal britânico “Daily Mirror”. As raposas são criadas para crescer até um tamanho exagerado, para oferecer mais pele aos fazendeiros, chegando a ter um aspecto deformado. Poucos conseguem até identificar a espécie.

A Inglaterra e o País de Gales foram os primeiros países do Reino Unido a banir a prática por motivos éticos em 2000. A Escócia aderiu dois anos depois. Mas o material ainda é importado de países como Finlândia, Polônia e China para ser usado pelas principais marcas da moda.

“Estou olhando nos olhos de um animal que passou toda a sua vida miserável e atormentada preso em uma gaiola minúscula e estéril para que pode se tornar um item de moda frívolo. Esta angustiada raposa do Ártico está sem uma orelha. Outros caminham incessantemente e puxam seus pelos crescidos demais. Sinais de sofrimento psicológico. Elas têm pés deformados, olhos doentes e alguns deles são tão obesos que são o que é conhecido como raposas monstruosas, apesar de o comércio de peles prometer em 2017 parar de criar animais grandes para aumentar o volume de pelos”, relatou Nada Farhoud, editora de Meio Ambiente do “Mirror”, que se infiltrou em fazendas.

Refletindo sobre a tortura que os animais sofrem, Nada destacou que, se as pessoas que compram casacos de pele pudessem ver com seus próprios olhos, provavelmente reconsiderariam a aquisição do bem.

A editora foi acompanhada de Claire Bass, de um integrante da entidade de proteção animal finlandesa Oikeutta Eläimille, entre outros ativistas dos direitos dos animais.

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