sábado, 28 de setembro de 2024
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Ministério da Saúde confirma mais dois casos da ômicron no país

O Ministério da Saúde confirmou nesta quinta-feira (2) mais dois casos da ômicron em Brasília. Com as outras três infecções já detectadas inicialmente em São Paulo, o Brasil registra até…

O Ministério da Saúde confirmou nesta quinta-feira (2) mais dois casos da ômicron em Brasília. Com as outras três infecções já detectadas inicialmente em São Paulo, o Brasil registra até o momento cinco pacientes com a nova versão do coronavírus.

As informações foram encaminhadas pela Secretaria da Saúde do Distrito Federal, que garantiu que exames laboratoriais comprovaram a infecção. Durante a coletiva de imprensa, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu que ainda não é o momento para um “fechamento total”:

“Não podemos sair de uma situação libertária de festas, réveillon e carnaval para uma situação de fechamento total da nossa economia, porque as consequências nós não sabemos. Até porque não há motivo para isso. O que há é a notificação da variante, tem mutações, mas o grau de impacto na saúde de cada um nós não sabemos”.

Apesar da notícia, Queiroga também disse que o ritmo da vacinação traz “tranquilidade” para enfrentar todas as variantes do coronavírus.

“Ontem [quarta-feira, 1º de dezembro], 2 milhões de pessoas foram vacinadas. Isso nos dá tranquilidade para enfrentar as variantes” – Marcelo Queiroga.

Restrições a viajantes
Nesta quarta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enviou um novo parecer à Casa Civil do governo Jair Bolsonaro para pedir a adoção de medidas mais rígidas no acesso de viajantes ao país. A intenção é evitar o aumento dos casos de Covid-19 após a descoberta da variante.

A Anvisa apontou que o cenário é preocupante, entre outros motivos, porque os países no sul da África mais atingidos pela ômicron têm baixa cobertura vacinal. Ao não exigir o comprovante de vacinação, o país facilita a entrada de pessoas não vacinadas, e que podem estar carregando o vírus.

Nesta quinta-feira, durante o evento do ministério, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, disse que sabe que “a Anvisa fez recomendações sobre portos e aeroportos”, mas que a medida “exige uma ação interministerial do governo”.

“Nós estamos nos debruçando sobre os dados da literatura com os três ministérios coordenados pela Casa Civil. Envolve questões de natureza sanitária e outras questões, como os direitos das pessoas de transitarem livremente. A África do Sul foi eficiente em sequenciar e, por conta disso, [ocorreram] uma série de restrições para os cidadãos daquele país. É necessário que haja ponderação, equilíbrio”.

Investigação em Brasília
Na terça-feira (30), o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) anunciou que investigava um possível caso. Tratava-se de um homem, com idade entre 40 e 49 anos, que havia viajado para a África do Sul e voltado ao Brasil no mesmo voo que chegou ao Aeroporto de Guarulhos no sábado (27), onde houve outro caso suspeito. De São Paulo, ele embarcou em outra aeronave para Brasília.

No mesmo dia, o governador Ibaneis Rocha (MDB) cancelou as festas de réveillon programadas para a capital federal.

Casos em São Paulo
Na quarta-feira (1º), a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo confirmou o terceiro caso da variante ômicron. Um passageiro de 29 anos vindo da Etiópia desembarcou no Aeroporto de Guarulhos no sábado (27) e testou positivo para Covid-19.

Um dia antes, na terça-feira, o Instituto Adolfo Lutz já havia anunciado os resultados positivos dos testes para ômicron realizados por um casal de missionários brasileiros que moram na África do Sul. Eles vieram para São Paulo visitar familiares que moram na Zona Leste da capital.

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