sábado, 21 de setembro de 2024
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Quadrilha que movimentou mais de R$ 155 mi tem integrante presa

Rio Preto e José Bonifácio foram alvos de mandados durante a deflagração da ‘Operação Aqueus’, na terça-feira (14), pela Polícia Federal de Três Lagoas (MS). A ação busca desarticular uma…

Rio Preto e José Bonifácio foram alvos de mandados durante a deflagração da ‘Operação Aqueus’, na terça-feira (14), pela Polícia Federal de Três Lagoas (MS). A ação busca desarticular uma grande organização criminosa especializada em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Ao todo, foram presas oito pessoas em flagrante e apreendidos aproximadamente 500 kg de drogas, além da identificação de outros carregamentos apreendidos pertencentes aos investigados. Em Rio Preto, foi cumprido o mandado de busca e apreensão e, em José Bonifácio, presa integrante da organização.

A PF iniciou as investigações em março de 2020, quando verificou a existência da organização que era liderada por dois moradores de Três Lagoas, sendo que a dupla adquiria o carregamento de droga em Ponta Porã (MS) e, em seguida, coordenava o transporte e o armazenamento do ilícito.

Para a movimentação dos valores envolvidos nas negociações, a organização indicava contas bancárias de empresas de fachada para os compradores, fazendo com que o pagamento da droga chegasse diretamente ao fornecedor na região fronteiriça. Estas contas eram administradas por um núcleo especializado em lavagem de dinheiro, que prestava este tipo de serviço ilícito a diversas organizações criminosas. Foi constatado que este núcleo movimentou, em um período de 14 meses, mais de R$ 155 milhões.

O lucro dos líderes três-lagoenses era recebido por meio de veículos, dinheiro em espécie e contas bancárias de parentes próximos, que integravam a organização criminosa. Para ocultar o patrimônio oriundo da infração penal, investiam, principalmente, em imóveis, que eram registrados em nome de terceiros.

Em um período aproximado de um ano (entre 2020 e 2021), os líderes da organização criminosa teriam recebido, somente em valores creditados em conta correntes de seus ‘laranjas’, mais de R$ 3,5 milhões. Estima-se que o lucro obtido com o tráfico tenha sido muito superior, haja vista os valores recebidos em espécie e bens não contabilizados.

Foram cumpridos 63 mandados de busca e apreensão, 23 mandados de prisão preventiva, sete mandados de prisão temporária, além do sequestro de 13 imóveis e do bloqueio judicial de contas bancárias de 33 pessoas físicas e jurídicas. Entre os imóveis sequestrados estão uma Fazenda no município de Água Clara (MS) e uma casa de veraneio a beira-rio em Três Lagoas, propriedades com valores estimados em mais de R$ 4 milhões.

As medidas judiciais foram cumpridas nos municípios de Três Lagoas, Água Clara, Campo Grande (MS), Ponta Porã, Ribeirão Preto (SP), Guatapará (SP), Aparecida (SP), Guaratinguetá (SP), Potim (SP), Paulínia (SP), São José do Rio Preto, São José dos Campos (SP), Guarujá (SP), José Bonifácio, São Paulo (SP), Douradina (PR), Sarandi (PR), Maringá (PR), Maria Helena (PR), Colombo (PR), Laranjeiras do Sul (PR) e Baependi (MG).

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