sexta, 16 de maio de 2025
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80% dos professores de escolas públicas presenciaram bullying, diz pesquisa

De acordo com um levantamento realizado pelo Ministério da Educação (MEC), oito em cada dez professores de escolas públicas relataram ter presenciado casos de bullying nas salas de aula em…

De acordo com um levantamento realizado pelo Ministério da Educação (MEC), oito em cada dez professores de escolas públicas relataram ter presenciado casos de bullying nas salas de aula em 2023. Com informações do Globo.

A pesquisa, que envolveu mais de 395 mil docentes, destacou que a prática continua sendo um grande desafio nas escolas brasileiras, com muitos educadores enfrentando situações de discriminação e violência entre os estudantes.

A pesquisa, conduzida pelo Inep, incluiu perguntas sobre bullying e discriminação em mais de 70 mil escolas, pela segunda vez consecutiva.

A especialista Luciene Tognetta, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), alertou que o número de casos pode ser ainda maior, uma vez que muitas formas de violência acontecem fora da vista dos professores.

“É uma violência que não é cometida na frente dos professores. O aluno que humilha ou discrimina outro faz isso diante de um outro público, um grupo social em que ele busca respeito, do qual o professor não faz parte”, explicou a especialista.

O levantamento revelou que 50% dos professores entrevistados também se depararam com casos de discriminação nas escolas. Além disso, apenas 23% dos docentes disseram que não presenciaram bullying, enquanto 59% mencionaram que o problema ocorre poucas vezes, 16% disseram que é frequente e 2% afirmaram que o bullying é constante nas escolas.

Como combater o bullying na escola
A pesquisa, conduzida pelo Inep, incluiu perguntas sobre bullying e discriminação em mais de 70 mil escolas do Brasil. Foto: Reprodução

O bullying foi mais comum no segundo ciclo do ensino fundamental, com maior incidência no Distrito Federal, onde 12% dos professores afirmaram que o problema não foi registrado. A discriminação também foi mencionada por 44% dos professores como ocorrendo poucas vezes, enquanto 7% disseram que a discriminação acontecia com frequência, e 1% indicaram que isso ocorria sempre.

Luciene Tognetta lembrou que 2023 foi um ano crítico, com um aumento de ataques às escolas, além de ser o primeiro ano com aulas presenciais após a pandemia de Covid-19. A pesquisa também aponta para um aumento nos casos de ansiedade entre crianças e adolescentes, superando os índices de adultos.

A especialista acredita que a solução para esses problemas ainda está distante: “Demoraremos muito para superar toda a crise causada pela pandemia. Além disso, por conta da crise sanitária, vivemos uma aceleração nas mudanças de uso da tecnologia que nos obriga a repensar os enfrentamentos desses problemas. Retiramos os celulares das escolas, mas os jovens continuam resolvendo suas tretas pelo WhatsApp”, ressaltou.

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