sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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63 mil pessoas morrem de picada de cobra todos os anos

Um estudo global feito pela Faculdade de Saúde Pública, Ciências Médicas e Veterinárias da Universidade James Cook e publicado na revista cientifica Nature Communications, descobriu que mais de 63.000 pessoas…

Um estudo global feito pela Faculdade de Saúde Pública, Ciências Médicas e Veterinárias da Universidade James Cook e publicado na revista cientifica Nature Communications, descobriu que mais de 63.000 pessoas morrem de picadas de cobra todos os anos, e que o principal motivo do óbito é porque os antídotos não chegam onde são mais necessários.

Em 2019, por exemplo, ano de análise do estudo, duas pessoas morreram na Austrália em contraste contra 51 mil na índia.

“Descobrimos que a maioria das mortes por envenenamento de cobra ocorreu no sul da Ásia (a área do Afeganistão ao Sri Lanka, incluindo Paquistão, Índia e Bangladesh), com a África subsaariana tendo a segunda maior morte”, disse Richard Franklin, professor da Faculdade de Saúde Pública, Ciências Médicas e Veterinárias da Universidade James Cook. Na África, a Nigéria teve o maior número de mortes com 1.460 registrados.

Segundo ele, após a picada de uma cobra venenosa, o antídoto precisa ser administrado no corpo da vítima dentro de seis horas, no entanto, “no sul da Ásia e na África subsaariana, muitos procuram curandeiros tradicionais ou frequentam clínicas com educação insuficiente sobre como tratar o envenenamento ou sem a vacina para administrar o tratamento que salva vidas”, diz.

Os pacientes não tem acesso a equipamentos e procedimentos considerados essenciais nesses casos, como: diálise, ventiladores e transfusões de sangue. Na índia, onde milhares de pessoas morrem todos os anos, as picadas mais mortais vêm de quatro espécies: krait, a víbora de Russell, a víbora serrada e a naja indiana.

“O antiofídico existe para todas essas espécies, mas a prevenção da morte por picada de cobra depende não apenas da existência do antiofídico, mas também de sua disseminação para as áreas rurais e da capacidade do sistema de saúde de atender vítimas com complicações secundárias, como insuficiência respiratória neurotóxica ou lesão renal aguda que requer diálise”, disse Franklin.

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