Pesquisa realizada pela Quaest aponta que cerca de 31% admitiram ter sido expostos a informações falsas sobre a tragédia no Rio Grande do Sul, enquanto 69% negaram tal situação. Com informações de Lauro Jardim, no Globo.
Apesar disso, desconsiderando aqueles que negaram, mas não conseguiram identificar a desinformação, a proporção daqueles que confirmaram a exposição a notícias falsas é significativa, atingindo aproximadamente um terço.
Posteriormente, o instituto indagou aos que admitiram ter recebido notícias falsas sobre a fonte dessas informações: a maioria apontou que essas notícias foram compartilhadas por “conhecidos em grupos de WhatsApp” (35%) e “amigos” (24%).
Em menor proporção, foram citados “políticos” (11%), “colegas de trabalho” (11%) e “parentes, como primos, tios, ou avós” (10%).
Governo prepara ataque às fake news
Nesta sexta-feira, 10, o governo federal estabeleceu uma sala de controle com o propósito de debater uma estratégia coletiva para combater a propagação de notícias falsas sobre as enchentes no Rio Grande do Sul nas plataformas online, contando com o respaldo da Advocacia-Geral da União (AGU).
Há uma preocupação governamental de que informações incorretas possam prejudicar as operações dos diversos órgãos públicos envolvidos no resgate e assistência ao estado.
Participaram da reunião representantes de diversas plataformas, incluindo Google, YouTube, TikTok, Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp), Kwai, Linkedin, Spotify e Kuaishou Technology, além de membros da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e da Polícia Federal (PF).
Foram apresentadas algumas propostas, como a criação de um canal direto de comunicação entre o governo e as plataformas e a identificação de publicações que disseminem desinformação.
Espera-se que, até o início da próxima semana, as grandes empresas de tecnologia se posicionem sobre as sugestões apresentadas e possam propor alternativas adicionais para combater a disseminação de desinformação.
Inicialmente, o grupo optou por adotar a abordagem da Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD), um órgão da AGU encarregado de defender extrajudicial e judicialmente a União contra notícias falsas que afetam a execução das políticas públicas, como a unidade central de atuação preventiva.
Quando uma notícia falsa for identificada, a AGU planeja solicitar às plataformas que removam o conteúdo considerado falso, utilizando seus próprios algoritmos e termos de serviço internos.
Para isso, em colaboração com agências de verificação de fatos e jornalistas, o conteúdo será classificado como verdadeiro ou falso. As plataformas terão um prazo de 12 horas para tomar medidas.