Ao menos 244 cidades brasileiras registraram umidade relativa do ar menor ou igual à do deserto do Saara nesta terça (3), segundo o Inmet (Instituto nacional de Meteorologia). A região no Norte do continente africano tem uma taxa que varia entre 14% e 20%.
A falta de chuva e a alta temperatura têm feito com que a umidade evapore e deixe as cidades em um nível desértico. Ao menos dez cidades no país chegaram próximas ao índice do Atacama, deserto mais seco do mundo, que registra umidade de 5%.
Há três cidades com 7% de umidade em São Paulo (Barretos, Marília e Tupa) e outras três em Goiás (Goiânia, Luziania e Morrinhos). Outras duas estão no Mato Grosso do Sul (Parnaíba e Três Lagoas). As demais são Gama (DF) e Ituiutaba (MG). O número pode ser maior, já que o Inmet não cobre todos os municípios do país.
O mês de setembro iniciou com uma onda de calor que fez as temperaturas subirem em vários pontos do Brasil. No Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, as máximas chegaram aos 40ºC, enquanto algumas cidades de São Paulo e Minas Gerais registraram 39ºC.
Todos os estados do país, com exceção do Rio Grande do Sul, estão vivendo a maior e mais intensa seca da história recente. O período de menos chuva tem impactado na umidade relativa do ar e a condição deve se estender até outubro.
A seca já dura meses e tem gerado um aumento da conta de energia e impactado na produção agrícola. Há a previsão de que algumas regiões do país tenham que racionar água em breve.