O título pode até parecer estranho para os desavisados.
Porém, para aqueles que, desde o início, acreditaram na possibilidade de eleger um deputado genuinamente de Fernandópolis, o número tem um significado especial, por representar a quantidade de eleitores que sufragaram o nome de Fausto Pinato no último domingo.
Guardadas as devidas proporções, é óbvio, o fato nos remete á Batalha das Termópilas, ocorrida em 480 a.C., quando 300 guerreiros espartanos comandados pelo Rei Leônidas lutaram até à morte para barrar o avanço do exército persa comandado pelo rei Xerxes no território grego.
Se aquele combate atingiu o status de lenda, face à enorme desproporção entre as forças espartanas e persas, a eleição de Fausto Pinato também não fica atrás, tamanha foi a desproporção do poderio econômico, se compararmos sua candidatura com a de outros tantos, muitos dos quais nem passaram perto da possibilidade de eleição.
O resultado deixou claro e evidente que uma candidatura pode ser vitoriosa desde o início, seja pelas estratégias adotadas, seja pela quantidade de apoios que vão se incorporando e dando musculatura ao candidato.
O golpe de mestre de Fausto Pinato foi escolher, a dedo, com mais de um ano de antecedência, um partido que estava comprometido em aumentar de maneira significativa sua bancada. A estrondosa votação de Celso Russomanno mostrou que a escolha foi acertada.
Nem se diga, como querem insinuar os detratores, que a eleição só ocorreu por causa do quociente eleitoral, porque todos sabiam que seria assim e qualquer um poderia ter usado do mesmo estratagema. Agora, chega de chororô!
Além disso, caiu também o mito de que somente os votos da cidade de Fernandópolis nunca poderiam eleger um deputado. A votação obtida na cidade carregou Fausto para o Congresso e mostrou que dá, sim, para eleger um deputado, desde que ele seja catapultado pelos votos da cidade, bastando, tão somente, que esse candidato seja realmente identificado com os anseios locais. Queiram ou não, a candidatura de Fausto incorporou essa identidade.
Agora, a alegria pela eleição se transforma em expectativa de um grande trabalho em prol da cidade, buscando a retomada da liderança regional há tantos anos perdida.
É óbvio que não podemos, num primeiro momento, fazer grandes cobranças, até porque o orçamento para 2015 já está pronto e acabado, mas não há dúvida alguma de que politicamente a cidade saiu fortalecida do pleito eleitoral.
Resumindo, a disputa regional ficou mais equilibrada. Sem contar o astral, que parece ter mudado da noite de domingo para a manhã da segunda feira pós-eleição.
Enfim, parece que o vento voltou a soprar a nosso favor. Alea jacta est!
Henri Dias é advogado em Fernandópolis (henri@adv.oabsp.org.br)
