Dois meses depois que a Justiça de Fernandópolis processou três médicos da Santa Casa da cidade pela morte de um bebê em 2007, será realizado hoje a primeira audiência.
O caso
Após dar entrada na Santa Casa de Fernandópolis em trabalho de parto prematuro no dia 10 de dezembro de 2007, Rita de Cássia perdeu as duas filhas gêmeas. Os médicos inibiram o trabalho de parto por quase dois dias enquanto não surgia vaga em UTI neonatal que comportasse os dois bebês em hospitais da região.
Layane Mara morreu no dia 11, ainda na barriga da mãe. Lorraine Vitória nasceu no dia 12, sendo transferida à UTI neonatal da Santa Casa de Jales, onde veio a óbito no dia 14. O laudo do Instituto Médico Legal apontou que o bebê morreu por infecção causada pela passagem anterior pelo canal da vagina do feto morto e pela falta de oxigenação no cérebro causada, principalmente, pela demora no parto.
A denúncia foi feita pelo promotor de Justiça Denis Henrique Silva, que constatou negligência dos médicos que atenderam a gestante, que contrariando a gravidade do caso exigia, não atualizaram o pedido de vagas nas UTIs da região, nem monitoraram a paciente de forma adequada.
Hoje, serão ouvidas sete testemunhas de acusação, entre elas a mãe das gêmeas. Se condenados,Osny Renato Martins Luz, Roberto Penna e Antonio Flumignan podem pegar de um ano e quatro meses a até quatro anos de prisão.
