sábado, 21 de dezembro de 2024
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13, 55 ou nenhum dos dois?

Leio com frequência e grande entusiasmo os artigos de Augusto Nunes, Adalberto Piotto, Alexandre Garcia, J.R. Guzzo e Silvio Navarro, sobre política brasileira especialmente, em edições cada vez melhores da…
Foto: Antônio Dias Toffoli, ministro do STF

Leio com frequência e grande entusiasmo os artigos de Augusto Nunes, Adalberto Piotto, Alexandre Garcia, J.R. Guzzo e Silvio Navarro, sobre política brasileira especialmente, em edições cada vez melhores da revista Oeste. O de 20 de setembro “A mãe dos ricos”, de Nunes, com um relato histórico das barbaridades judicialescas do ex-advogado do PT, Dias Toffoli, foi encantador pela profundidade do raciocínio de seu autor e pela gravidades de suas atrocidades. 

Mas, este meu artigo não irá se prender ao assunto. Foi apenas um exemplo do que leio para chegar às conclusões de agora e, com um modelo aristotélico de pensar e escrever, comunicar formulando questões e apresentando conclusões. 

O assunto é: 13, 55 ou nenhum dos dois – uma referência que pode, inclusive, nortear brasileiros maldosos a continuar votando ou apoiando politicamente candidatos do PT e do PSD, as siglas partidárias que reúnem há vários anos os maiores traidores da vida nacional. E que, ainda por muitas outras razões, deveriam ter sido banidas também há muito tempo.

Os escândalos que tiveram autores, protagonistas, roteiristas, atores e o público jurista no mensalão, no assalto aos Correios, à Previdência Social e à Petrobras, e aos cofres públicos em geral, dariam bem mais que um seriado de televisão. Têm histórias suficientes para carregar páginas e páginas de algo como uma enciclopédia. 

Mas, apoiados por “otoridades” como Dias Toffoli, aos poucos, bandidos ricos, mercenários da política e aproveitadores das ações do “ladrão na cena do crime” (adaptado da obra de Geraldo Alckmin, em 2017) conseguem ter sentenças anuladas, dinheiro roubado devolvido, direitos políticos restabelecidos e, até, serem eleitos. Não apenas a Presidência da República e o Congresso Nacional, as estatais e órgãos públicos de muitos setores são, desde 2022, comandados por bandidos que foram condenados e descondenados pela ação da corte judicial que deveria cuidar das leis e não adaptá-las para agrado de seus padrinhos ou financiadores. 

É por causa disso, apenas por exemplo, que o Brasil possui há mais de uma década estas duas siglas partidárias carregadas de histórias que fariam Orson Wells ficar sem dormir por semanas antes de sentar-se para escrever suas coleções de coisas bárbaras.

O objetivo desta narração já longa é levar quem estiver lendo até aqui a refletir se o pior é votar no PT, o 13, que tem sua caravana interminável de condenados e descondenados, ou no PSD, o 55, que mais fatura com a corrupção e enlameamento do primeiro. Ou em nenhum deles. 

Esta é a dúvida que certamente deveria estar preocupando os milhões de eleitores que, ao menos uma vez, foram levados a votar ou ao menos a apoiar petistas ou kassabistas – um neologismo tirado do sobrenome de Gilberto Kassab, o dono do PSD. Dono mesmo!

Foi, por exemplo, o PSD que garantiu a superioridade numérica e política na inconcebível CPMI do 8 de janeiro, no ano passado. Foi por garantir esse apoio ao governo lula, que enterrou a comissão com nada concreto sobre os verdadeiros culpados pelo vandalismo aos prédios de Brasília, que Kassab garantiu ao PSD 3 ministérios na Praça vermelha dos Três Poderes. 

É por se aliar ao monstruoso esquema petista que Kassab também se mantém poderoso, por exemplo, no governo de São Paulo, onde é um dos secretários do governador Tarcísio de Freitas, filiado ao Republicanos, partido cupincha de lula em todos os sentidos, apesar de Tarcísio. 

Escolher candidatos de uma ou de outra sigla nas eleições deste ano é contribuir para que o governo continue nas mãos de clãs de ficha sujíssima, que são limpas todo santo dia pelas mãos revestidas por luvas do STF.

E aí aparece uma grande necessidade de explicar o porquê.

PT e PSD são os partidos que dão sustentação direta e suficiente para que, por exemplo, pedidos de impeachment de Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e de lula empoeirem mais a cada dia nas mesas e gavetas das salas chefiadas por Rodrigo Pacheco, do PSD mineiro, no Senado. 

É o voto, a omissão e cumplicidade de petistas e kassabistas que impede, neste momento, que o pedido de impeachment mais robusto da nossa história contra um ministro do STF chegue ao número necessário de adesões para obrigar que Rodrigo Pacheco coloque a comissão de sindicância fatal para andar. 

Mas, se o eleitor não entende nada disso, se ainda acha que “político é tudo igual” ou que não adianta fazer nada porque “no Brasil é assim mesmo”- como nos fizeram acreditar por muitos anos -, e votar o 13 ou no 55 para prefeitos e vereadores, não haverá como, em 2026, fazer a grande e necessária mudança de senadores e, aí, enfim, botar na rua os ministros citados e outros, como o atual presidente que tem a pior ficha criminal corrida “da história deste paiz”. 

É importante refletir que o STF não pode ter a “mãe dos ricos” e o Palácio do Planalto ter um inquilino “pai dos pobres” que tanto mal fazem ao Brasil. A saída deles para uma vida comum ou para a cadeia depende de como o eleitor vai votar neste ano.

Entre as péssimas opções de votar no 13 ou no 55, o melhor para o Brasil é não votar em nenhuma delas, escolhendo siglas com candidatos mais alinhados com a direita e, principalmente, sem ficha suja. Existem. Pode procurar. 

Somente tendo prefeituras e câmaras municipais – onde verdadeiramente a administração pública é realidade – que o Brasil poderá eleger senadores menos fisiológicos e honestos politicamente em 2026. Será possível, por exemplo, que a bancada de direita tenta até 54 dos 81 senadores, em um mundo perfeito para a correção dos rumos do Brasil e a escrita final da carreiras dos opressores de hoje.

Com 54 senadores prontos para este inadiável conserto da Nação, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, Toffoli e Luiz Barroso, entre outros togados, voltarão à condição de seres normais como todos nós. Lula e sua gangue verão o Sol nascer quadrado em definitivo, com uma renovação do STF e o realinhamento do Poder Judiciário, da PGR, Polícia Federal, Ministério Público, TSE, tribunais de contas, etc.

Por fim, é muito mais fácil decidir em quem não votar do que escolher bem, combatendo o voto nulo, o voto em branco e as abstenções, com orações ao céu de que as urnas eletrônicas revelem de verdade a vontade soberana do eleitor. Amém? 

*Valdecir Cremon, de 62 anos e 50 de profissão, é jornalista formado pela Fundação Educacional de Fernandópolis, pós-graduado em comunicação digital pela Unicesumar, detentor de dezenas de títulos de reconhecimento profissional, com passagens por grandes empresas de jornalismo impresso, rádios, sites e televisão, além de formação autodidata em gestão de pessoas, assessorias e gerenciamento de processos; apartidário, profissionalmente independente e cidadão livre para expressar sua opinião.

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