Os esforços dos Estados Unidos para levar o homem até a lua na década de 60 foram incrivelmente complexos, porém, não foram mais difíceis do que serão os de mapear a cérebro humano.
Em mais de um século de pesquisas sobre os neurônios, os cientistas americanos reconhecem que estão apenas começando a arranhar a superfície de um desafio gigantesco.
A administração Obama, em breve irá anunciar um projeto de pesquisa, previsto para durar uma década, que terá a meta de montar um mapa abrangente da atividade cerebral.
Além dos desafios tecnológicos do projeto, há questões que envolvem o armazenamento das informações colhidas pelos pesquisadores e questões éticas sobre o que poderá ser feito com os dados.
Os pesquisadores já propuseram várias tecnologias que podem ser aplicadas, mas muitas delas ainda são protótipos ou apenas especulativas.
Algumas, como os nanorrobôs que estão sendo projetados em lugares como o laboratório da Universidade Harvard, aparentam ter saído diretamente da ficção. Os cientistas concluíram que seriam necessários três petabytes de capacidade de armazenamento para a informação gerada por apenas 1 milhão de neurônios em um ano.
Por exemplo, o Grande Colisor de Hádrons, em Genebra, gera cerca de dez petabytes de dados anualmente.
O cérebro contém 100 bilhões de neurônios, isso significa que o órgão completo gera cerca de 300 mil petabytes de dados a cada ano, algo quase que impensável.
