Terça, 16 de Abril de 2024

Delegado acredita que menor apreendido foi mentor de massacre

20/03/2019 as 09:05 | São Paulo | Da Redaçao
O titular da delegacia de Suzano, Alexandre Henrique Augusto Dias afirmou nesta terça-feira (19) estar convencido de que o adolescente de 17 anos apreendido nesta manhã foi o mentor do ato cometido na escola estadual Raul Brasil. Na semana passada, dois assassinos invadiram o colégio e mataram oito pessoas.

Dias disse que já entregou as provas da participação do menor do crime, mas não detalhou quais seriam essas provas pois elas estão sob segredo de Justiça. “Ele é o mentor intelectual, comprou objetos que poderiam fazê-lo participar do delito, teve participação com um dos autores na compra de outros objetos e na idealização desses objetos”, afirmou. Ele ainda não sabe por que o adolescente não participou do massacre com os outros dois criminosos.

A juíza Érica Marcelina Cruz, da 1ª Vara Criminal de Suzano, decidiu pela apreensão do adolescente e internação provisória de 45 dias. A internação pode chegar ao máximo de 3 anos após a condenação. Segundo o delegado, o jovem é “uma pessoa fria” e está tendo o perfil psicológico analisado. A polícia ainda investiga se mais pessoas participaram do crime.

Alexandre Henrique Augusto Dias ainda afirmou que o laudo confirmou que um dos assassinos matou o outro e se suicidou em seguida. O exame toxicológico, que vai dizer se eles agiram sob influência de alguma substância, ainda não foi finalizado.

Conversas no WhatsApp
Segundo o portal de notícias UOL, em uma conversa no dia 18 de outubro do ano passado, o jovem apreendido nesta terça disse a um interlocutor, ainda não identificado pela polícia, como seria a ação. Segundo a polícia, ele disse que queria ter atuado no atentado, mas que foi excluído pelos dois assassinos.

De acordo com o suspeito, a estratégia para o massacre se baseava em “alguns jogos”. “Nos baseamos em alguns jogos para pensar nisso, tipo matar uma galera”, disse o suspeito, de acordo com o UOL. No bate-papo, ele ainda citou alguns fatos que não ocorreram no ataque, como o uso de granadas e estupros.

Conforme consta nos autos, o terceiro suspeito disse em um grupo de WhatsApp, logo após o masscre, que um dos criminosos fez “igual os meus planos, era bem na hora do intervalo”. “Mano, eram dois atiradores, foi tudo planejado”, e completa: “Um atirador tinha um machado, que a gente foi comprar”.

Ele também mandou uma mensagem para um dos assassinos. “Teve um tiroteio dentro da escola. Mano, dois adolescentes e eles se mataram. Um dos atiradores tinha um machado igual o seu”.

O suspeito disse não ter ficado surpreso com o crime porque ele “faria mesmo”. “Porém a minha irmã estava lá”, disse. A irmã do adolescente também é aluna do Raul Brasil e segundo depoimento de testemunha teria sido poupada por um dos autores do massacre.
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