Quinta, 25 de Abril de 2024

Governo de São Paulo abandona rodovia Percy Waldir Semeghini

18/10/2018 as 00:00 | Fernandópolis | Da Redaçao
Quem achou que desta vez o governo do Estado de São Paulo havia olhado para o noroeste paulista, se enganou. Depois de muitos pedidos, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), derrotado no 1º Turno, havia autorizado o recapeamento na SP-543, mais conhecida como Percy Waldir Semeghini. Bastou o vice, Márcio França, assumir o posto, os reparos foram cancelados.

O que se vê no trecho entre Fernandópolis e a Ponte de Água Vermelha, na divisa com Minas Gerais, é o retrato de um governo pouco interessado nos eleitores do extremo noroeste do Estado de São Paulo. Sem eficácia e para mascarar os problemas, autorizou uma operação tapa buraco fajuta dias antes do 1º turno.

De la para cá, a situação da rodovia, que leva o nome do pai do ex-deputado federal Julio Semeghini, é de calamidade pública, preste a registrar um desastre motobilístico devido os inúmeros buracos ao longo de sua extensão.

O concerto da pista era parte de um pacote de obras que beneficiaria 33 rodovias paulistas, administradas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), mais 40 estradas sob administração municipal também seriam contempladas.

Em abril deste ano, o anúncio foi feito no Palácio dos Bandeirantes e contava com investimentos da ordem de R$ 506,3 milhões para obras de modernização e recuperação de rodovias estaduais e estradas vicinais. Mais de 7,8 milhões de habitantes seriam diretamente beneficiados em 99 municípios.

Os moradores de Fernandópolis e região chegaram a comemorar o serviço de recuperação do asfalto que seria realizado na Rodovia Percy Waldir Semeghini (SP 543), no trecho entre Fernandópolis e Arabá, mas tudo não passou de mais uma promessa vazia. Seis meses depois, os buracos só aumentaram e destruíram inúmeros veículos que circularam pela via.

Não há como contabilizar os prejuízos causados pelos buracos. Foram centenas de pneus estourados, rodas danificadas e até mesmo eixos, cubos e barras de direção quebradas. Tudo isso poderia ter sido evitado se realmente o atual governador Márcio França, que disputa o governo contra João Doria, continuasse com os programas autorizados por Alckmin.

França foi um dos candidatos que não colocou os pés em cidades do eixo da Euclides da Cunha, desde Mirassol a Rubinéia, deixando de circular por rodovias deterioradas no noroeste paulista.

O candidato João Doria também foi um deles que não deu as caras na região no período eleitoral, mas foi o único que ainda visitou Votuporanga e Fernandópolis no mês de maio deste ano.

Em todo o período eleitoral, Paulo Skaf não deu o ar da graça, como os demais candidatos sem votação expressiva.

Não há informações do Estado ou do DER sobre a situação da rodovia SP-543.

Colaborou: Márcio Costa
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