Estado lamenta fim da parceria sobre transporte escolar
19/07/2018 as 08:20 | Fernandópolis | Da Redaçao
A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo confirmou a abertura de licitação para contratação de empresa especializada no transporte de alunos em Fernandópolis e requereu "Direito de Resposta" ao portal regiaonoroeste.com para esclarecer pontos sobre os fatos publicados na reportagem desta quarta-feira, dia 18, após uma reunião entre o prefeito, vice-prefeito, vereadores e o dirigente de Ensino, Cândido José.
O coordenador de Infraestruturas Escolares e Serviços Escolares da Secretaria de Educação, Júlio Cesar Ramos, lamentou, via telefone, o fim da parceria do transporte de alunos na cidade e apresentou números e um aumento no valor do convênio para este ano de 2018.
Ramos disse que o Estado transportava em Fernandópolis 948 alunos e repassava ao município R$ 1 milhão e, em contra partida, a Prefeitura colocava R$ 450 mil para garantir o transporte de 174 alunos, totalizando um convênio no valor de R$ 1,5 milhão no período de julho de 2017 a julho de 2018.
Já para o exercício – agosto 2018 a agosto 2019 – o valor do convênio passaria para R$ 2,3 milhões, sendo que o Estado repassaria R$ 1,5 milhão para o transporte dos mesmos 948 alunos e em contra partida o município colocaria R$ 840 mil para o transporte de seus 351.
Ramos destacou que o Estado aumentaria o repasse na casa dos R$ 500 mil em compensação ao aumento de custos, como o preço dos combustíveis e manutenção, informando que o município de Fernandópolis também teria que aumentar o valor, já que houve um acréscimo de 177 alunos, passado de 174 para 351.
Para ele, com o fim da parceria, o custo aumentaria para o Estado e também para o município de Fernandópolis, sendo que o objetivo era otimizar as rotas.
O prefeito André Pessuto disse à reportagem que um dos maiores problemas no transporte de alunos era daqueles que moram em bairros que possui a escola mantida pelo estado, mas se recusavam a estudar nela, optando por outras em bairros diferentes. O transporte desses alunos o Estado não cobria e, por lei, a Prefeitura é proibida de transportar esse aluno.
Para evitar desgastes e uma confusão com pais e alunos e denúncias já formuladas, a Prefeitura decidiu romper a parceira e cada administração terá que transportar seus próprios alunos.
A Prefeitura informou que haverá economia com o fim da parceria.