Quinta, 18 de Abril de 2024

Após 1 ano, Marcola e outros chefes do PCC deixam isolamento

11/12/2017 as 21:20 | Brasil | Da Redaçao
O principal chefe da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, saiu nesta segunda-feira (11) do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), no Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes, e voltou para a Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, a P2, em Presidente Venceslau.

O motivo da transferência foi o vencimento do prazo máximo de internação no RDD permitido pela legislação brasileira, que é de 360 dias.

Além de Marcola, outros 12 presos com função de comando na facção criminosa também saíram do RDD e voltaram para a P2 na manhã desta segunda-feira (11), sob escolta da Polícia Militar.

Todos os presos estavam no RDD desde o fim do ano passado em decorrência das investigações realizadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pela Polícia Civil na Operação Ethos, que apontou um esquema criminoso existente entre a facção e advogados.

O RDD é o regime de prisão mais rígido permitido pela legislação brasileira. Nele, os presos ficam isolados em celas individuais e só têm direito a duas horas de banho de sol por dia. Também não têm acesso a TV, rádio, jornal ou revista, não contam com direito a visita íntima e não podem ter contato físico com os visitantes.

Segundo o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que trabalha no Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE), a P2 de Presidente Venceslau é considerada uma unidade prisional de segurança máxima.

“É uma das penitenciárias mais seguras do Estado para a contenção de presos de altíssima periculosidade. É reservada aos presos mais perigosos”, afirmou ao G1.

No entanto, diferentemente do que ocorre no RDD, os presos na P2 podem conviver entre si e receber visitas íntimas.

De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP), a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau conta atualmente com 813 presos, embora tenha capacidade para receber 1.280 detentos.

“Na P2, todos são ligados ao PCC. São presos de altíssima periculosidade”, salientou Gakiya.

Em nota, a SAP informou que os presos transferidos do CRP de Presidente Bernardes chegaram por volta das 10h20 à P2 de Presidente Venceslau.

“O motivo da transferência foi o término do período de cumprimento de internação no Regime Disciplinar Diferenciado”, confirmou a SAP.
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