Quinta, 25 de Abril de 2024

08 de Março - DIA INTERNACIONAL DA MULHER e da VERGONHA MACHISTA

08/03/2017 as 06:30 | Fernandópolis | Da Redaçao
Imensos descalabros e crimes foram cometidos pelos “Poderes Machistas” contra o “sexo frágil”, desde a Pré-história, oprimindo e tentando apequenar a importância, superioridade, direitos e missão da Mulher. Incontáveis vozes no transcurso da História se levantaram contra isso. A maioria foi calada pela truculência do “sexo forte”, ou seja: ao Homem, o Poder; à Mulher, a subserviência!
Razões e justificativas mil foram e ainda estão sendo tentadas para explicar esta truculência. Chegam, inclusive, a ponderar que a Natureza foi injusta com a Mulher, pois (des?)estruturou-a com algumas condições - compleição física menos avantajada, menstruação, gravidez etc. Isto teria levado os “viris trogloditas” a exercerem a mais antiga das discriminações - a Sexual, iniciando, assim, um abominável e perene processo de subjugação humana!

Para mim, a mais terrível razão já cogitada, com causas profundas e pouco perceptíveis, afirma que ao macho/homem, sentindo a sua inferioridade de atributos “humanos” em relação a elas, não restou outra alternativa para satisfazer seu ego que não fosse a repressão e a dominação, através da sua “máscula grandeza animal”, mas “pequenez humana”...

Inicialmente pela força bruta, depois repressão mascarada em conceitos, preconceitos, hábitos e leis secundarizando as mulheres, a estúpida discriminação foi se sutilizando e se enraizando a ponto de - pasmemos todos - a própria mulher se sentir realmente inferior e se aceitar submissa!...

Isso foi, talvez, o que de pior fizemos a elas: as peculiaridades, dons e dotes femininos - sensibilidade, maternidade, equilíbrio etc. - que as elevam acima do “macho egocêntrico”, passaram a ser considerados, até por muitas delas, como “defeitos de criação” e razão de justa subordinação!
Com o tempo, reações surgem contra o ‘Império da Força Bruta’. Clamores e lutas avolumam-se contra essa discriminação e pela igualdade de direitos, obtendo importantes conquistas.

Por outro lado, levou-as também à busca de “igualdade de atribuições”, fato, a meu ver, parcialmente equivocado, pois, vencer uma batalha para se tomar, em atribuições, iguais aos seus opressores, é, no mínimo, apequenar-se, se estas não se derem de forma seletiva e condizente com o excelso universo feminino.

Elas, Mulheres, têm e desempenham, perante à Humanidade, papéis essenciais e superiores que, infelizmente, encontram-se ofuscados por uma triste herança secular de brutalidade e ignorância, brilhantemente legada por nós, “grandes homens”.

Aliás, na verdade, todos nós, Homens, pela aquisição dos valores que edificaram nosso caráter e personalidade, desde nossa geração, somos muito mais “Mulher” do que imaginamos!...

Vejamos: - estágio uterino de nove meses; embalo de mais de ano em seu regaço e nutridos por seu leite; infância sob sua amorosa guarda e doce influência; juventude sob seus exemplos, conselhos e preces etc., etc. Anos depois, com outra, o doce enlevo do namoro, amor, vida e trabalho em comum com a mulher de nossos sonhos e mãe de nossos filhos, e ela, quase sempre, em dupla jornada de trabalho - fora e em casa...

E mais: todas as ciências e cientistas que estudam o Ser Humano atestam que as condições básicas que estruturam sua formação mental, psicológica, moral etc., se dá até à adolescência...

Será, realmente, que dá pra achar que somos só “homem”, o “macho” e o “máximo” da Criação?!

Jesiel Bruzadelli Macedo.
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