sexta, 22 de novembro de 2024
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Nadadeiras de sereia são risco para crianças, alerta órgão

Uma nova moda, que recentemente chegou ao Brasil – as nadadeiras coladas em formato de rabo de sereia, de golfinho ou de tubarão – é extremamente perigosa e irresponsável, alerta…

Uma nova moda, que recentemente chegou ao Brasil – as nadadeiras coladas em formato de rabo de sereia, de golfinho ou de tubarão – é extremamente perigosa e irresponsável, alerta Renata D. Waksman, do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade de Pediatria de São Paulo. Inclusive, alguns países, como Austrália e Canadá, já providenciaram a proibição da modalidade em lei.

Ainda de acordo com Renata, as crianças estão preparadas para aprender a nadar somente a partir dos 4 anos e só vão ter habilidades e equilíbrio para enfrentar os perigos da água muito mais tarde. “Imagine, então, com os pés e pernas presos o que poderá acontecer – nadar com este equipamento é uma atividade de alto grau de dificuldade para adultos, quanto mais para crianças”.

Essas fantasias aquáticas deixam os pés e pernas unidos dentro de caudas ou nadadeiras, afetando bastante o equilíbrio do corpo e impedindo que a criança fique em pé dentro da água. Waksman teme que com o acessório a criança afunde na água, de forma silenciosa.

“Esse tipo de atividade só pode ser realizado por um adulto, que seja experiente, que saiba nadar muito bem, que tenha treinado bastante, que esteja acostumado a ficar sem respirar (estar em apneia) por períodos longos e saiba realizar manobras bem complexas na água, utilizando mais os braços, uma vez que as pernas e pés estão imobilizados e se movimentam de forma bastante precária”, orienta.

Alerta: estes produtos não possuem certificado de segurança, apesar de alguns sites de compra afirmarem que têm.

As crianças merecem supervisão de um adulto atento todo o tempo que estiverem dentro da água. O adulto deve estar à distância de um braço da criança e, se precisar se afastar, deve levar a criança junto. Todos estes cuidados podem reverter os índices catastróficos de mortes de crianças em nosso país: o afagamento é a segunda causa de morte em crianças de 1 a 9 anos de idade.

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