Circula pelas redes sociais e conversas de aplicativos a informação de que o surto de microcefalia registrado na região Nordeste estaria relacionado à vacinação contra a rubéola e não ao contágio pelo zika vírus. Em sua página social, o Ministério da Saúde desmistificou.
A Sociedade de Pediatria de São Paulo também publicou um texto com as principais dúvidas e mitos a respeito da doença. Sobre a relação com a vacina, o Dr. Yechiel Moises Chencinski, do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da instituição, esclarece:
“A Síndrome da rubéola congênita, quando afeta a gestante, pode trazer malformações, entre elas a microcefalia (retardo no crescimento intrauterino – 43%, anormalidades viscerais – 50 a 75%, microcefalia – 39%, manifestações cutâneas -20 a 50% e microftalmia – 20%). No dia 2 de dezembro, o Brasil recebeu um certificado da Organização Mundial de Saúde, considerando a rubéola e a síndrome da rubéola congênita, oficialmente, eliminadas no país (últimos casos de transmissão no país em 2008 e 2009,).
O calendário nacional de vacinação prevê que a vacina da rubéola deve ser aplicada aos 12 e 15 meses, (dentro da tríplice viral – sarampo, caxumba e rubéola). Ela é uma vacina produzida com vírus vivos e atenuados, que não são capazes de provocar as três doenças. É possível tomar essa vacina em outros momentos da vida, mas nunca durante a gestação.
A vacina contra a rubéola é especialmente indicada para mulheres em idade fértil – entre 15 e 29 anos – para evitar pegar a doença durante a gravidez. As mulheres grávidas que não foram vacinadas antes da gestação devem receber a vacina somente após o parto.”