sexta, 22 de novembro de 2024
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“O casamento já acabou”, diz Cunha sobre aliança entre PT e PMDB

Durante entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (15), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decretou o rompimento da aliança do PMDB com o PT. Para ele, a relação entre os…

Durante entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (15), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decretou o rompimento da aliança do PMDB com o PT. Para ele, a relação entre os partidos é igual à de um casamento em que o casal vive em quartos separados. “O casamento acabou”, disse Cunha.

Questionado sobre a possibilidade de uma aliança entre as duas legendas, em 2018, para a disputa presidencial, Cunha foi taxativo. “Se não é de 0% é de 0,001%”, alfinetou. “A aliança com o PT já acabou.”

Na manhã desta quarta-feira, líderes do PMDB e o vice-presidente da República e articulador político do governo, Michel Temer, confirmaram que o partido pretende ter candidato próprio nas eleições presidenciais de 2018. Nas duas últimas eleições, o partido fez aliança com o PT e elegeu o vice-presidente.

No entanto, o grande problema do PMDB é ter um nome viável para uma candidatura presidencial. Cunha não tem apoio do próprio partido e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também não é consenso na sigla. Além disso, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), tido como trunfo do partido para 2018, tem índice de reprovação popular ao seu governo próxima da metade do eleitorado. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas divulgada pelo Congresso em Foco, 42,9% cariocas desaprovam a gestão do peemedebista.

O presidente da Câmara também afirmou hoje (quarta, 15) que o governo deve ser alvo de pelo menos quatro CPIs no segundo semestre. “É natural que, quando se encerre uma investigação, outra seja iniciada”, disse Cunha. O peemedebista não confirmou quais investigações serão implementadas, mas existe a expectativa de que parlamentares iniciem uma apuração sobre denúncias de irregularidade no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Como este site mostrou em 24 de junho, o PMDB já se articula para anunciar candidatura própria à sucessão da presidenta Dilma Rousseff, movimento em que o favoritismo do governador do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (RJ), é destacado por líderes do partido. Também são mencionados os próprios Cunha e Temer.

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