sexta, 22 de novembro de 2024
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De volta aos gramados, Müller se apresenta ao FFC após o Carnaval

O que até semana passada se tratava apenas de uma possibilidade, agora se tornou realidade e o craque Müller acertou contrato com o FFC – Fernandópolis Futebol Clube -para a…

O que até semana passada se tratava apenas de uma possibilidade, agora se tornou realidade e o craque Müller acertou contrato com o FFC – Fernandópolis Futebol Clube -para a temporada 2015.

“Só acredito quando estiver com a camisa” e frases do tipo, costumeiramente são ouvidas nas rodas de conversa quando o assunto é a contratação do Müller pela Águia Azul, porém, o sonho do presidente Jerri Falcão se tornou real e o jogador bi-campeão mundial pelo São Paulo confirmou que, após o Carnaval chegará à cidade para sua apresentação oficial.

Tudo começou com intermédio do ex-jogador fernandopolense Maurinho, amigo particular de Alex Dias, empresário de Müller. À época, o presidente do clube apostava na vinda do jogador para que fosse desenvolvida uma grande ação de marketing, visando o acesso à série A3.

“Estamos muito felizes não apenas por tê-lo ao nosso lado, mas também por possibilitar a volta de um grande jogador aos gramados. O nome dele tem um peso muito grande em nível mundial e com certeza nos ajudará bastante. Será nosso garoto propaganda além de um reforço dentro de campo. Quero aproveitar ao máximo a vinda dele, que ocorrerá após as festividades de Carnaval”, destacou o Jerri Falcão.

Após a finalização das negociações, Müller falou pela primeira vez como jogador do FFC e garantiu que não medirá esforços para voltar aos campos em grande nível. Confira a entrevista:

A torcida do FFC está ansiosa para te ver jogar, apesar, é claro, de saber que a sua vinda para o time está mais relacionada ao marketing. Como está sua preparação física para começar a jogar pela Águia?

É claro que não estou 100% pronto para jogar no momento. Preciso antes aprimorar a parte física, talvez uns 15 ou 20 dias de preparação específica, pois quando você está bem fisicamente as coisas fluem melhor dentro de campo. Depois da preparação física é claro que precisarei de um tempo para readquirir o ritmo de jogo também. São duas etapas muito importantes, primeiro é preciso me alicerçar fisicamente e depois voltar ao campo para fazer o que mais gosto, que é jogar futebol.

Por conta da idade e de ter parado de jogar há muito tempo, você acaba tendo algum receio de sofrer lesões?

Não penso nisso. Claro que o futebol é contato e que a gente entra em campo já correndo o risco de sofrer uma lesão, porém, eu já joguei por 20 anos em alto nível e nunca tive uma cirurgia no joelho, que é o coração do atleta. Então, quando eu entro em campo, penso apenas em dar o meu melhor, não preocupo com lesões e, é claro, espero continuar sem me machucar (risos).

Na “segundona”, ou “bezinha”, como nós chamamos em Fernandópolis, o limite de idade é 23 anos. O que acha desse tipo de regra que restringe a idade dos jogadores nesse campeonato?

Acho legal, pois dá mais oportunidade aos jovens jogadores. Ninguém nasce com experiência, e um campeonato como esse oferece a esses jovens jogadores a maturidade que precisam para encarar o mundo da bola.

Acredita que sua experiência pode compensar a inexperiência do grupo devido a pouca idade?

Acredito que experiência é muito importante. Quando comecei a jogar eu precisei e me aconselhei com jogadores experientes. Na época era Oscar, Falcão, Sócrates, Zico, enfim, todos esses jogadores foram importantes para o meu crescimento profissional e eu consegui assimilar aquilo de bom que eles me passaram. Agora, espero poder passar tudo que eu aprendi durante os 20 anos que tive como jogador aos meus novos companheiros. Isso é fundamental para o crescimento de um atleta.

Demorou a cair à ficha que você voltaria a jogar? Voltou a dar aquele famoso frio na barriga?

Não vou dizer que voltou a dar aquele frio na barriga, mas o presidente (Jerri Falcão) me pegou de surpresa e é uma responsabilidade muito grande. O que posso dizer é que farei o máximo de mim para me readaptar e voltar em grande nível ao futebol.

Levando em consideração a atuação dentro e fora de campo, você acredita em um bom resultado nas ações de marketing envolvendo o seu nome?

O marketing é sempre importante dentro dos clubes, principalmente em relação a parte financeira. Acredito que tudo isso é positivo dentro de um clube e Fernandópolis não está fazendo diferente. Espero que com o meu nome possamos dar uma contribuição positiva para o FFC em termos financeiros.

Se você fosse técnico da Seleção Brasileira, e fosse montar uma seleção só com os craques que jogaram ao seu lado, qual seria a escalação?

Com certeza eu cometeria injustiça, pois sobrariam ainda grandes jogadores de fora dessa lista, mas, por exemplo, eu peguei a geração de 82 na Copa do Mundo de 86 no México, a começar pelo Leandro, lateral direito, que para mim foi o melhor nessa posição que a seleção brasileira já teve, Mozer, Oscar, o lateral esquerdo Junior, Toninho Cerezo, Sócrates, Zico, Falcão, Careca, Romário, Bebeto, enfim, excelentes jogadores que para mim foram os melhores do mundo na oportunidade. Sobrariam grandes jogadores para eu colocar em minha seleção.

Agora, e a seleção dos gols mais importantes de sua carreira, qual seria?

O do bi-mundial contra o Milan, em 93, aquele inusitado de calcanhar; fiz um também muito importante na final da Libertadores de 93, contra o Universidad Católica, no Morumbi, um gol bonito e importante; fim um também na final do campeonato Paulista, contra o Palmeiras, em 92, no Morumbi. Nós ganhamos a partida por 2 a 1 e o primeiro gol foi meu; jogando pelo Santos, fiz um gol não só importante, mas também muito bonito num clássico na Vila Belmiro, contra o Corinthians, enfim, foram muitos gols importantes que consegui fazer ao longo de minha carreira e que marcaram com certeza a minha vida.

Para finalizar, deixe um recado para torcida fernandopolense!

Espero ser bem recebido na cidade a torcida é a peça mais importante do clube e espero poder corresponder a expectativa dos torcedores, fazer o torcedor feliz e diluir essa expectativa em vitória.

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