O número de deputados federais que assinaram o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes (PT-STF) chegou a 146, nesta segunda-feira (2). Outros 274 parlamentares ainda não se posicionaram e 96 já se declararam contrários. A apresentação do pedido à presidência da Câmara está marcada para o dia 9, dois dias após o ato deste sábado, 7 de setembro, na avenida Paulista, em São Paulo (SP) e na maioria das capitais e grandes cidades do país.
Pressão popular
O abaixo-assinado que pede a cassação de Moraes ganha mais adesões a cada dia. Ontem à noite, a plataforma Change.org – onde a petição pode ser assinada por todos os eleitores do país – registrava 1.311.697 assinaturas.
Condenação ilegal
Provando aos brasileiros o quanto são boas suas ações ditatoriais, Alexandre de Moraes autorizou, ontem, o desbloqueio de 30% do salário do senador Marcos do Val (Podemos-ES). Mesmo sem responder a nenhum inquérito e muito menos ter condenação a cumprir, o senador teve seu salário bloqueado pelo ministro na mesma decisão em que removeu seus perfis em redes sociais. Para Moraes, do Val é um perigo.
Outra ilegalidade
O empresário Elon Musk, dono da Starlink e do X-Twitter, entre outras empresas, vai pedir ao governo dos EUA a apreensão dos ativos do governo brasileiro com registro no país – o que inclui, por exemplo, a Petrobras, navios e aviões brasileiros em solo norte-americano. O pedido seria uma retaliação por conta do bloqueio das contas da Starlink, determinado por Moraes na semana passada, como cobrança de multas aplicadas ao X-Twitter. “Espero que Lula goste de voar em avião comercial”, escreveu Musk.
Moraes vence uma
Como era facilmente previsto, os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux aprovaram a medida de Alexandre de Moraes para o fechamento do X-Twitter no Brasil, em sessão virtual realizada nesta segunda. Apenas Fux fez uma ressalva sobre a multa de R$ 50 mil a quem usar a plataforma por meio de VPN. E votou a favor de Moraes.
Nunes Marques
O ministro Nunes Marques foi escolhido por sorteio para atuar como relator da ação apresentada pelo partido Novo no STF contra a perseguição de Moraes ao X-Twitter.
Musk dobra a aposta
Pouco depois do resultado da votação, Musk usou a rede social para dar aulas a brasileiros de como usar VPN e para reafirmar que Moraes “deveria ser preso”.
Questão de tempo
Para o bilionário, a prisão do ministro deve ocorrer em breve. “É só uma questão de tempo”, escreveu Musk, em uma nota em que também citou o silêncio de Joe Biden e de Kamala Harris sobre as medidas de Moraes, além da cumplicidade de lula com Moraes.
Tudo entre parças
A candidata à Prefeitura de São Paulo, Tábata Amaral (PSB), contratou a empresa de consultoria do ex-chefe da Polícia Federal e ex-diretor-geral do TSE, Rogério Galloro, para assessorar sua campanha. Galloro era o braço direito de Alexandre de Moraes, quando este presidiu o TSE, na campanha eleitoral de 2022. A firma de Galloro foi aberta em maio deste ano, tem capital social de R$ 100 mil e mais dois donos.
Tudo entre parças 2
Enquanto a 1ª Turma do STF aprovava o banimento do X-Twitter no Brasil, a 2ª Turma suspendia uma multa de R$1,5 milhão imposta ao ex-senador Delcídio do Amaral (PRD-MS), no acordo de delação da Lava Jato.
O poste mija no cachorro
O desfile do 7 de Setembro, deste ano, em Brasília (DF), vai provar que o poste mija no cachorro quando o assunto é lacração, ideologias e, claro, política de pão e circo. O desfile oficial, com lula e janja acenando para o nada, como ano passado, terá homenagens MST e a grupos sociais aliados à extrema-esquerda. As escolas cívico-militares ficarão de fora.
Derrite na elite
O secretário Guilherme Derrite (Segurança Pública, de São Paulo) entrou para o grupo de autoridades ameaçadas de morte pelo PCC. Antes dele, Geraldo Alckmin, Sérgio Moro e o promotor Lincoln Gakiya também foram ameaçados.
FRASE
Do ministro aposentado do STF, Marco Aurélio Mello, sobre a “aquiescência cega” dos atuais ministros da corte às decisões monocráticas, ilegais e abusivas de Alexandre de Moraes. Ontem, à Rádio Bandeirantes e à TV Bandnews.
“Estamos realmente vivenciando tempos estranhos. Não podemos chegar aos extremos. Nós precisamos observar as regras estabelecidas. A segurança jurídica depende disso”.
