Santos não quita salários, e Arouca pode ir para o Palmeiras

O Santos conheceu seu novo presidente no último sábado, mas a crise financeira em que se encontra o clube continua. Modesto Roma Júnior tem até essa sexta-feira para arrumar formas de bancar os R$ 6 milhões em salários atrasados dos atletas e corre o risco até de perder Arouca.

Oswaldo de Oliveira pediu sua contratação no Palmeiras e, caso não receba o que tem direito na Vila Belmiro, o volante deve sair.

Principal jogador do Santos desde a saída de Neymar e um dos únicos que segue tendo boas atuações mesmo com a queda de produção da equipe após a saída do astro, Arouca completa nesta sexta-feira três meses de remuneração atrasada e poderá, caso o imbróglio não se resolva, partir para outro time, já que o entrevero possibilita a assinatura de vínculo com outros clubes.

Conforme apurou o ESPN.com.br, esse foi um dos motivos que fizeram Modesto Roma cancelar todas as entrevistas marcadas até o próximo dia 24 para correr atrás de formas para resolver a situação financeira do Santos. O atual presidente se reuniu com o antecessor Odílio Rodrigues na segunda e conheceu o real estado dos cofres alvinegros - a dívida beira R$ 200 milhões. Por isso, pediu a ajuda do antigo mandatário, que se comprometeu a quitar os salários atrasados do elenco.

Ainda conforme o que foi apurado pela reportagem, uma reunião com a Huawei, que apalavrou para patrocinar o Santos em 2015, foi adiantada para o começo da próxima semana. O objetivo é conseguir um adiantamento da verba de R$ 18 milhões prometida para a próxima temporada. O clube alvinegro já ouviu "não" da Federação Paulista de Futebol e da Rede Globo.

Aos 28 anos, Arouca tem contrato com o Santos até o fim de 2016. Palmeiras, Cruzeiro e outros clubes sondaram representantes do atleta para saber sua situação no time alvinegro. O jogador está feliz na Vila Belmiro, mas espera que a situação salarial se resolva o quanto antes.

No dia 7 de janeiro, caso não tenha quitado a dívida com Arouca e com os demais atletas que enfrentam a mesma situação, o Santos pode, por lei, ver seus atletas pedirem desligamento do clube sem o pagamento de indenização. É o que motiva a diretoria a correr contra o tempo para buscar renda.

A agremiação praiana viveu em 2014 um de seus piores anos no quesito finanças. Os atrasos de salários foram recorrentes e também de multas, como a dívida com o ex-presidente Marcelo Teixeira - principal aliado de Modesto Roma na eleição -, que atrasou dois meses entre agosto e setembro, sendo quitada posteriormente.