Quinta, 25 de Abril de 2024

Falta d`água domina debate entre candidatos de São Paulo

01/10/2014 as 15:32 | | Da Redaçao
O abastecimento de água foi o principal tema do segundo bloco do debate promovido pela Globo com os candidatos ao governo de São Paulo nesta terça-feira (30).

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) foi confrontado pelos candidatos Laércio Benko (PHS) e Gilberto Maringoni (PSOL) sobre a gestão da Sabesp, que hoje tem parte de seu capital aberto a acionistas. O tucano rebateu as críticas e defendeu a divisão da empresa entre sócios minoritários que, segundo ele, "são trabalhadores e fundos de pensão".

Questionado sobre a possibilidade de reestatização completa da Sabesp, Alckmin disse apoiar parcerias, inclusive com a iniciativa privada. "O caminho que eu vejo é o contrário. De fazermos parcerias. Sou adepto das parcerias, com o governo federal, municípios e com a iniciativa privada, que faz mais rápido e mais eficiente", defendeu o governador. A Sabesp estreou na bolsa em 1997, na gestão do tucano Mário Covas (1995-2001).

Os principais adversários de Alckmin, Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT) não puderam dirigir perguntas ao governador no bloco pelas regras do debate. Mas fizeram acusações sobre tucano ao debater com outros candidatos. O peemedebista afirmou que a falta d`água no Estado é decorrente da falta de obras e citou como exemplo a obra do Sistema Produtor São Lourenço, que deveria ficar pronto em 2016, mas deve ser finalizado apenas no final de 2017.

POUCO A SE FAZER
Skaf também disse que, no curto prazo, há pouco a se fazer para reverter a falta de água no Estado. "A solução agora é abrir poços, economizar água, rezar pra chover. No curto prazo, a população vai sofrer. A reserva técnica que o governador fala é finita", afirmou. Padilha, por sua vez, apresentou como soluções para a crise agilizar as obras, proteger os mananciais e incentivar condomínio a utilizar água de reuso. "Essa falta d`água é uma prova da perversidade do governo Alckmin. Primeiro, por não fazer obras. A outra é que quem mais sofre com isso são os mais pobres, que pagam a conta da Sabesp para dar lucro aos acionistas em Nova York", atacou o petista.
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